II Congresso do Movimento dos Convívios Fraternos aborda «crise de valores»

Começou esta Quinta-feira, em Fátima, o II Congresso do Movimento dos Convívios Fraternos, que decorre até 13 de Setembro, no Seminário do Verbo Divino, com a presença de cerca de 80 congressistas de todo o País. Esta numerosa participação espelha a importância que este Movimento tem hoje em dia para a Igreja em Portugal, no Brasil, Angola e Moçambique e entre as comunidades portuguesas do Luxemburgo, Suiça e França, bem como para a Sociedade em geral. No primeiro Congresso, realizado em 2006, concluiu-se que o Convívio Fraterno (dentro do respeito pelas suas linhas gerais e dinâmica) continua a ser um meio apostólico válido e com capacidade para dar resposta aos problemas e angustias dos jovens de hoje e os entusiasmar por Jesus Cristo. No entanto, segundo, o Pe. Valente de Matos, Fundador do Movimento “sente-se hoje nos jovens uma grande crise de valores, um grande afastamento de Deus e consequentemente da Igreja. A afirmação de que a Sociedade de Amanhã será o que for a Juventude de Hoje, dá-nos a certeza de que a renovação e vitalidade da Igreja de amanhã passam pela Evangelização dos jovens de hoje. Este problema, inevitavelmente, deve alertar, responsabilizar e preocupar todos os responsáveis da Igreja. O Pe. Valente de Matos termina referindo: “Todos sentimos, perante o êxodo dos jovens da Igreja, nesta Sociedade consumista e ateia, uma necessidade urgente de lhes anunciar Jesus Cristo e, como nos afirma o Concílio Vaticano II, “são os jovens os predilectos obreiros desse trabalho de Evangelização” (AA12)” Neste primeiro dia o Congresso contou com as intervenções dos Bispos D. António Rafael, Bispo Emérito de Bragança-Miranda, sobre “Os Convívios Fraternos como resposta à Pastoral Juvenil e da Família” e de D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, sobre “Novos Desafios à Evangelização dos Jovens de Hoje”. Na sua intervenção, D. António Rafael referiu-se à necessidade de propor novos ritmos aos Jovens nas suas Famílias, Paróquias e Ambientes e de Reforçar os seus Compromissos de Fé, no Domingo, que deve ser o aspecto central da Fé dos Jovens, a par com a Reconciliação e uma Direcção Espiritual adequada. D. Manuel Clemente baseou a sua intervenção no encontro que o Papa Bento XVI teve com o clero de Bressanone em 6 de Agosto de 2008, mais propriamente na resposta que deu a um seminarista que o interpelou acerca de como manter a sua diocese jovem e aberta ao Espírito Santo. Com base nestas intervenções os Congressistas debateram formas de reformar e reforçar a Acção Pastoral do Movimento no dia-a-dia após os Encontros dos Convívios Fraternos. Destes debates deverão resultar propostas de intervenção concretas para ajudar os jovens a manter e a fazer crescer a sua Fé, em todos os Ambientes com que têm contacto, a começar na Família, passando pela Paróquia, pela Profissão e pelo seu lugar na Sociedade.

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