«Temos de mobilizar-nos todos, em todos os lugares onde estivermos» – Patrícia Sangreman
Santo Tirso, 02 mar 2023 (Ecclesia) – Patrícia Sangreman vive a preparação e a divulgação da JMJ 2023 em vários âmbitos da sua vida, como professora de EMRC, como voluntária da Pastoral Juvenil e Vocacional do Arciprestado de Guimarães/Vizela e vai acolher peregrinos nos ‘Dias nas Dioceses’.
“Abri a minha casa para receber jovens, e depois nas Jornadas também pretendo ir, não sei se consigo ir os dias todos, mas sexta-feira, sábado e domingo está garantido que vou”, disse Patrícia Sangreman, em declarações à Agência ECCLESIA, esta semana, após a passagem dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude pelo Arciprestado de Guimarães/Vizela.
A entrevistada, que faz parte da equipa Arciprestal da Pastoral de Juvenil e Vocacional das comunidades de Guimarães/Vizela na Arquidiocese de Braga, explica que ser “família de acolhimento” nos ‘Dias nas Dioceses’ “é uma questão de testemunho”.
“Não posso pedir aos outros que o façam se não fizer também, e tendo uma casa tão grande dava perfeitamente espaço para mais pessoas, disse logo: ‘Peço-vos que abram as vossas portas, mas quero inscrever-me também’, acrescentou.
Os ‘Dias nas Dioceses’ (DND), o encontro de jovens de todo o mundo antes da JMJ 2023, vão realizar-se de 26 a 31 de julho, os peregrinos vão ter uma experiência eclesial de partilha de fé, do ser Igreja, da comunidade, com as suas especificidades, as pessoas e a região, a riqueza das tradições, da cultura e do património.
“A alegria que é receber gente de fora, acolhe-los, da mesma forma que me sentiria bem em ser acolhida, e me vou sentir bem em Lisboa, também vou fazer todo o gosto em acolher quem vier”, realçou Patrícia Sangreman, de 35 anos, que vai participar pela primeira vez numa edição internacional da Jornada Mundial da Juventude.
Os DND, também conhecidos como pré-jornadas, vão realizar-se em 17 dioceses de Portugal continental e regiões autónomas: Algarve, Angra, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.
Natural de Aveiro, a entrevistada vive em Guimarães e, atualmente, dá aulas de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) em Santo Tirso (Arquidiocese de Braga), é professora no Colégio das Caldinhas, dos Jesuítas, tem 28 turmas e a JMJ faz parte da matéria.
“Desde que se começou a ouvir falar disto que ando a divulgar pela escola, na altura ainda estava noutra escola, porque os nossos alunos têm mesmo que ir, Neste momento, temos 90 alunos e quem está a organizar esta parte são antigos alunos, que vão nos ajudar na parte da logística”, explicou Patrícia Sangreman.
A JMJ em Portugal foi anunciada a 27 de janeiro de 2019, no final da edição no Panamá, e, desde o ano letivo de 2019/2020, a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica tem quatro aulas sobre este encontro mundial de jovens da Igreja Católica, duas para o terceiro ciclo e duas para ensino secundário.
A professora de EMRC que gostava que os dois símbolos da JMJ – a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – tivessem passado pela sua escola, assinala que “os alunos já sabem tudo o que é possível e imaginário”, como cantar de “cor o hino”, e essa foi uma das razões pelas quais quis passar nas escolas em Guimarães.
“Já expliquei várias vezes o que são as Jornadas aos meus alunos, os alunos mais velhos explicaram aos mais novos o que é que vão viver, ensinaram o hino, quando os símbolos começaram a circular falamos sobre os símbolos, mostrei vídeos de hinos, de vários momentos icónicos de Jornadas anteriores.
“Temos que nos mobilizar a todos, em todos os lugares onde estivermos”, concluiu Patrícia Sangreman.
CB/OC
