Igreja/Sociedade: «Sem educação não há futuro, nem espírito crítico» – Bispo de Aveiro

D. António Moiteiro presidiu a Missa por todos os educadores católicos

Foto: Lusa

Aveiro, 30 abr 2020 (Ecclesia) – O bispo de Aveiro e presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé afirmou hoje que a vocação de educadores “é missão fundamental na vida da igreja e da sociedade”, numa Missa com transmissão online.

“Sem educação não há futuro, nem espírito crítico tão fundamental na construção de sociedades mais livres e solidárias”, disse D. António Moiteiro, na homilia da Eucaristia de ação de graças e súplica por todos os educadores católicos.

A Igreja Católica vive a 57.ª Semana de Oração pelas Vocações, até domingo, e o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé inspirou-se nas palavras “gratidão, coragem” e “louvor” propostas este ano pela mensagem do Papa Francisco.

Segundo D. António Moiteiro, como cristãos é preciso ir ao “essencial” do Evangelho despindo de “tantas coisas que escondem, por vezes, a novidade do ser cristão” e explicou, no contexto da na palavra ‘louvor’, que a Páscoa de Jesus “é uma ocasião propícia” para pensar a sociedade de uma forma diferente.

É uma ocasião propícia para pensarmos a sociedade de uma forma diferente – uma economia ao serviço de todas as pessoas, empenharmo-nos numa nova cultura mesmo ecológica e se alguma lição destes tempos de pandemia será de respeito e defesa da vida em todas as idades, sobretudo dos mais frágeis, começando da conceção até morte natural”.

O bispo de Aveiro salientou que “gratidão é primeira palavra da vocação” e que a vocação “é o pulsar da verdadeira vida” em cada um.

“A vocação nasce de voz interior e antecede a profissão; O cristão aprende a acolher numa perspetiva vocacional todas as escolhas da existência, sobretudo a do estado de vida, bem como as de caráter profissional”, explicou, na Catedral de Aveiro.

Sobre a coragem, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé realçou que ser educador cristão “transforma a vida pessoal” e exige um “suplemento de valentia” na missão que desempenham.

O bispo de Aveiro salientou que a vocação de todos e cada um dos educadores “exige determinação, testemunho de vida cristã e coragem”, afinal a exigência de estar no mundo, para os crentes, “radica da sua participação no mistério de Cristo”.

D. António Moiteiro explicou que a Eucaristia de ação de graças e súplica por todos os educadores católicos nasceu do “desejo” de que, perante a pandeia, “a esperança não esmoreça e a comunhão, entre os educadores cristãos, seja cada vez maior”.

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé saudou todos os alunos das escolas católicas e todos os catequizandos das catequeses paroquiais – crianças, adolescentes, jovens: “Damos graças a Deus por vós e esta Eucaristia é a certeza do amor de Deus para com cada um de nós”.

“Deus ama-nos muito, ama cada um de nós, e por isso nos Jesus que deu a sua vida por nós”, acrescentou, convidando os mais novos a participar na catequese online, que é transmitida online todos os dias, às 18h30, no sítio online Educris numa colaboração com a Agência ECCLESIA.

O responsável saudou também os diretores e comunidades educativas das escolas católicas e todo o pessoal que trabalha nestes estabelecimentos de ensino, os professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica – EMRC, as suas equipas e todos os catequistas e os secretariados diocesanos de Portugal.

“Junto do altar do Senhor está tudo o que diz respeito à educação cristã no nosso país”, afirmou D. António Moiteiro, destacando a presença dos responsáveis da catequese da infância, da adolescência, e também das Escolas Católicas e das aulas de EMRC.

CB/OC

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