Lisboa, 28 jul 2020 (Ecclesia) – Carlota Lobo, do grupo ‘Economia de Francisco’, explicou que o grupo português que debate as ‘Políticas para a felicidade’ aborda esse tema nas “políticas públicas ou em empresa, na vida de trabalho”, um objetivo “universal” para o qual todos deviam contribuir.
“A pessoa humana quer atingir esta felicidade, acho que podemos dizer isso de uma maneira geral, e se calhar o que nos apercebemos durante esta reflexão é que muitas vezes vemos a felicidade como uma coisa pessoal: O que é que posso fazer para atingir a minha felicidade, trabalhar na minha felicidade?”, refere a jovem portuguesa, em entrevista transmitida hoje no programa ECCLESIA (RTP2).
Carlota Lobo acrescenta que não se vê tanto a “felicidade”, tanto como “uma coisa global e comunitária”, por isso, é importante trabalhar “em conjunto para uma felicidade de todos”.
“Vivemos o objetivo da felicidade muito individualmente e, por exemplo, a nível de políticas públicas e aqui ligando ao tema ‘economia de Francisco’ importa que se comece a pegar em objetivos das pessoais, focados na pessoa, e não na economia a nível monetário, de lucros”, realçou.
A entrevistada adianta que os participantes portugueses tentam “discutir” sobre que reformas serão necessárias para que políticas e felicidade se conjuguem e “surgiram algumas ideias bastante interessantes”, como “cuidar do outro, investir na qualidade de vida no trabalho das outras pessoas”.
“Mesmo nas escolas, as pessoas serem educadas para este cuidado do outro e nas políticas empresariais também haver este foco nas pessoas, no trabalhador, e em cada um e que o propósito da empresa esteja alinhado com o propósito das pessoas”, desenvolveu a jovem, que vai participar no encontro internacional ‘Economia de Francisco’, em Assis (Itália).
Carlota Lobo assinala que a empresa e todos têm a “ganhar com o equilíbrio da vida pessoas”, que “se vai falando muito, “mas também ainda há muito por fazer”.
A organização do encontro ‘Economia de Francisco’, convocado pelo Papa para a cidade italiana de Assis, anunciou no início de março o seu adiamento para 21 de novembro, por causa da pandemia da Covid-19 que tornou impossível a reunião de mais de dois mil jovens, com menos de 35 anos, de 115 países, incluindo Portugal.
Os participantes portugueses estão a refletir sobre os 12 temas do encontro internacional, e Carlota Lobo adianta que querem “muito” que as “novas maneiras de olhar e novas atitudes” na sociedade “não seja uma coisa só de agora, mas que permaneça”, com os contributos dos participantes, das pessoas que vão assistindo aos seminários livres no YouTube.
O encontro é organizado pela Diocese de Assis, pelo Instituto Seráfico, pelo Município de Assis e pela Economia de Comunhão, em colaboração com as famílias franciscanas e o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).
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