Francisco recebeu a Fraternidade política da Comunidade Chemin Neuf
Cidade do Vaticano, 30 abr 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco incentivou hoje a Fraternidade política da Comunidade ‘Chemin Neuf’ (França) a “percorrer os caminhos da fraternidade e a construir pontes entre as pessoas” e destacou a importância da conversão ecológica e do acolhimento aos migrantes.
“Através das vossas iniciativas, projetos e atividades, tornam visível uma Igreja pobre com e para os pobres, uma Igreja em saída que está próxima das pessoas em situações de sofrimento, precariedade, marginalização e exclusão”, disse o Papa, esta manhã, no Vaticano.
Na informação divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco encorajou a fraternidade francesa a “não ter medo de percorrer os caminhos da fraternidade e de construir pontes entre as pessoas”, entre os povos, num mundo onde “tantos muros” ainda estão a ser construídos por medo dos outros.
“O que estamos a viver com a pandemia ensina-nos em termos concretos que estamos todos no mesmo barco e que só podemos superar as dificuldades se concordarmos em trabalhar juntos”, desenvolveu.
O Papa pediu aos seus membros para refletirem sobre “a presença de migrantes e de seu acolhimento na Europa de hoje”, um aspeto particular da vida comum, destacando que “não se trata de números”.
“Quando falamos de migrantes e pessoas deslocadas com muita frequência citamos números. Mas não se trata de números, trata-se de pessoas! Se os encontrarmos, vamos conhecê-los. E conhecendo suas histórias seremos capazes de os compreender”, realçou.
Francisco lembrou também que com “os jovens” da comunidade, “hoje mais do que nunca”, enfrentam “desafios” onde a saúde da “casa comum está em jogo”.
Neste contexto, o Papa explicou que se trata verdadeiramente de uma “conversão ecológica” que reconhece a “dignidade de cada pessoa”, o seu próprio valor, a criatividade e a capacidade de “procurar e promover o bem comum”.
A Comunidade ‘Chemin Neuf é formada por um corpo apostólico que partilha a espiritualidade Inaciana e Carismática, as suas missões e a vida fraterna; Francisco destacou que “a vocação laical é, antes de mais nada, a caridade na família, a caridade social e caridade política”, citando a sua Exortação Apostólica ‘Christus vivit’ (Cristo Vive).
CB/PR