Francisco realça que «cada ser humano é imagem de Deus», para existir em «igualdade e fraternidade»
Cidade do Vaticano, 23 ago 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu hoje que se trabalhe em conjunto “para erradicar o flagelo atroz da escravidão moderna”, numa mensagem no Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.
“Trabalhemos juntos para erradicar o flagelo atroz da escravidão moderna que ainda hoje acorrenta milhões de pessoas à desumanidade e à humilhação”, escreveu na sua conta na rede social Twitter.
Francisco acrescenta que “cada ser humano é imagem de Deus e é livre e destinado a existir em igualdade e fraternidade”.
Trabalhemos juntos para erradicar o flagelo atroz da escravidão moderna que ainda hoje acorrenta milhões de pessoas à desumanidade e à humilhação. Cada ser humano é imagem de Deus e é livre e destinado a existir em igualdade e fraternidade.
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) August 23, 2021
Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco tem denunciado a “escravidão moderna”, em 2014, por exemplo, na cerimónia de assinatura de uma declaração contra a escravatura por líderes religiosos, lembrou que “apesar dos grandes esforços de muitos, a escravatura moderna continua a ser um flagelo atroz que está presente, em grande escala”, em todo o planeta.
“Na forma de tráfico de pessoas, trabalho forçado, prostituição, tráfico de órgãos, é um crime contra a humanidade. As suas vítimas são de todas as condições, mas na maioria das vezes estão entre os mais pobres e vulneráveis”, acrescentou.
O portal de notícia ‘Vatican News’ indica que se estima que “mais de 40 milhões” de pessoas são vítimas de novas formas de escravatura, um número três vezes superior ao do período do comércio transatlântico.
O ‘Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e de sua Abolição’, instituído pela Organização das Nações Unidas, pretende que os povos não esqueçam a tragédia do comércio de escravos e assinala a revolta que marcou uma mudança na batalha pela abolição do tráfico transatlântico de escravos, liderada pelo general Toussaint Louverture, na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, na ilha de Santo Domingo, hoje o Haiti e a República Dominicana.
CB/PR