Iniciativa assinalou sétimo aniversário do falecimento de Chiara Lubich
Alenquer, Lisboa 16 mar 2015 (Ecclesia) – O Centro Nacional do Movimento dos Focolares acolheu a conferência ‘Chiara Lubich: uma política para a unidade’, em sintonia com mais 30 países, refletindo sobre a importância do compromisso dos cidadãos em defesa da democracia.
“O contributo de Chiara é muito importante, dá-nos a visão da política como serviço ao bem comum, construção da fraternidade. No fundo a caridade, o amor recíproco que todos os cristãos são chamados a viver não apenas no âmbito familiar, de proximidade, mas mais alargado”, disse o jurista Pedro Vaz Patto, na Cidadela Arco-Íris, na Abrigada, em Alenquer.
À Agência ECCLESIA, o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz reconheceu “um certo descrédito” que faz com que algumas pessoas se afastem “com receios, por vários motivos”.
Desta forma, assinalou que os cidadãos “nem sempre participam” na política como deviam e às vezes, com “a sua demissão, são uma ameaça para a democracia”, pelo que é “importante” voltar a confiar e procurar contrariar “a lei do mais forte”.
“É importante reabilitar e valorizar a política”, observou Pedro Vaz Patto.
A organização do encontro explicou que o pensamento da fundadora do Movimento dos Focolares “chegou a todos os âmbitos” sociais.
A iniciativa realizou-se este sábado, dia do sétimo aniversário do falecimento de Chiara Lubich, e Armando Lopes, membro do movimento, destacou a “simplicidade e grande humildade” da fundadora, o que permitiu “estabelecer diálogos” com todas as pessoas de “qualquer” condição social, idade, crença e “mesmo sem crença religiosa”.
Neste contexto, Conceição Maia assinala também que o carisma surgiu numa época em que “existiam crises de todos os tipos” e tal como hoje a crise económica e social “colocam questões enormes”.
“Começa-se a perceber que a resposta a estas crises talvez esteja num novo relacionamento entre as pessoas que parte da transformação de cada um perder-se no relacionamento com o outro”, acrescenta a professora de Matemática, para quem isso significa construir a unidade e um diálogo a partir do qual nascem “ideias e estruturas comuns”.
Segundo a entrevistada, a “proposta de Chiara é atualíssima” porque refere-se “sempre” à “igualdade, liberdade e fraternidade” e o atual momento crise onde “todos sentem a angústia” é propício para “encontrar respostas”.
O encontro realizou-se em coordenação com um evento internacional que através da internet ligou algumas cidades e sedes políticas com a participação de políticos locais.
A 27 de janeiro deste ano deu-se início ao processo de beatificação e canonização de Chiara Lubich (1920-2008) fundadora do Movimento dos Focolares, que o Papa Francisco destacou como um “exemplo luminoso de vida”.
HM/CB/OC