Igreja/Sociedade: Complexo Paroquial de Mangualde, uma «variedade multidisciplinar» ao serviço da comunidade (c/vídeo)

Padre Paulo Domingues destaca instituição que acompanha as famílias e a Pastelaria do Patronato, com os «famosos pastéis de feijão»

Foto Paróquia de Mangualde

Mangualde, 17 abr 2025 (Ecclesia) – O pároco de Mangualde, na Diocese de Viseu, destaca que o Complexo Paroquial, que está ao serviço desde a creche à terceira idade, é “complexo em tudo que tem na variedade multidisciplinar”, onde nem sequer falta uma pastelaria.

“É complexo, não só complexo na palavra, mas complexo em tudo aquilo que tem na variedade multidisciplinar dentro da instituição. Temos cerca de 120 funcionários, o que faz com que todos os dias haja uma grande movimentação, quer de pessoas, quer também de utentes”, explicou o padre Paulo Domingues, esta quinta-feira, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O sacerdote explica que o Complexo Paroquial de Mangualde tem a “vantagem” de poder acompanhar as famílias ao longo da vida, “desde os recém-nascidos com a creche”, mas também as crianças, no jardim de infância, no ATL, o centro de Atividades de Tempos Livres, mas “também quando as famílias necessitam de apoio para os seus maiores, para os seus mais velhos”, quer no centro de dia, no apoio domicílio, e no Lar Padre Lobinho (Lar Padre António Pinto Lobinho).

“Tudo isto funciona em torno da igreja paroquial de Mangualde, onde teremos também o pulmão, digamos assim, da nossa vida paroquial: a praceta funciona um bocadinho como na origem conventual, a vida paroquial e a vida social de mãos dadas nesta praceta, onde tudo gravita à volta da mesma pessoa, que é Jesus Cristo”, desenvolveu.

Foto Agência ECCLESIA/PR, Padre Paulo Domingues

Para o padre Paulo Domingues este Complexo Paroquial, a envolvência das pessoas, “é desafiante, é bom”, e explica que, essencialmente, tenta ser “a pessoa do pároco, do amigo, muitas vezes do confidente”, e, tantas outras, quem está com as pessoas para “desconstruir muros que, às vezes, vão acontecer na vida”.

“Eu costumo dizer que as pedras dos muros servem muitas vezes para fazer pontes. Então há que desmistificar muita coisa para fazer uma ponte para os outros e com os outros”, acrescentou o pároco de Mangualde, que afirma que “o papel principal de um padre é fazer pontes”.

No Complexo Paroquial de Mangualde existe também o Jornal de Notícias da Beira, “que é o jornal paroquial”, e a Pastelaria do Patronato, “que é o que ex-libris dos doces de Mangualde”, com o seu pastel de feijão, que surgiu nos anos 30 do século XX.

“A Pastelaria do Patronato, tão bem conhecida, que tem os famosos pastéis de feijão, muito deliciosos, surgiu numa época muito específica do contexto histórico de Portugal, onde havia uma grande necessidade, uma grande carência também, das crianças. Na altura o cónego Monteiro [Manuel da Cruz Ferreira Monteiro], com as chamadas Meninas do Patronato, e também com os seus conhecimentos, realizaram e aprimoraram o doce que nós conhecemos hoje, o doce de pastel de feijão do Patronato”, desenvolveu o padre Paulo Domingues, no Programa ECCLESIA, transmitido nesta Quinta-feira Santa, na RTP2.

A Pastelaria do Patronato faz parte da Paróquia de Mangualde, que tem a sua gerência, e tem associado fins sociais desde o início, segundo o sacerdote, o valor e os lucros da venda dos pastéis que “revertiam para as crianças mais carenciadas”, hoje apoiam outros projetos sociais.

O pároco de Mangualde, acrescenta, é procurado, essencialmente, nos nascimentos, “o nascimento biológico, o nascimento espiritual no batismo, a vida sacramental”, mas também é procurado para momentos culturais, “para fazer pontes com instituições, nomeadamente com a Associação Social”, pelas IPSS’s que têm e representa, “a fazer pontes na história”, na história de Mangualde, pelos aspetos culturais, “pelos vários edifícios que também narram a história da comunidade paroquial”.

PR/CB/OC

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