Igreja/Sociedade: Comissões Justiça e Paz pedem compromisso na realização da Conferência sobre o Futuro da Europa

Organismos católicos debateram impacto da pandemia na política e na religião

Lisboa, 13 out 2020 (Ecclesia) – As Comissões Europeias Justiça e Paz promoveram um encontro internacional, online, sobre o tema ‘Religião e sociedade nos tempos de Covid-19’, apelando aos responsáveis comunitárias que assumam a realização da Conferência sobre o Futuro da Europa.

Em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, os organismos católicos lamentam que o “calendário, agenda e detalhes de organização” da referida conferência permaneçam por esclarecer, “devido à pandemia e à falta de acordo, ainda por resolver, entre a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia”.

A Conferência sobre o Futuro da Europa, um fórum de discussão que está previsto durar dois anos, deveria ter começado no Dia da Europa, a 9 de maio.

Segundo a Justiça e Paz Europa, um dos desafios para esta iniciativa “será a necessidade de repensar também as relações com os países que não pertencem ou já não pertencem à União Europeia e outras organizações transnacionais europeias”.

O eurodeputado português Paulo Rangel, um dos conferencistas convidados pelos organismos católicos, destacou que “o funcionamento e as competências da União Europeia precisam de ser revistos, especialmente no que diz respeito à saúde e às doenças infeciosas”.

O workshop internacional abordou ainda os ‘Desafios para o diálogo na religião e na sociedade’, com a presença de Alexander Filipovic, da Escola de Filosofia de Munique, e Youssef Kamal El Hage, da Universidade Notre Dame, no Líbano.

Este último sublinhou que o texto da nova encíclica do Papa Francisco, ‘Fratelli Tutti’, foi “altamente aclamado pelas autoridades muçulmanas”.

O webinar que encerrou os dois dias de trabalho aconteceu no domingo, com a presença de Flaminia Giovanelli, ex-subsecretária do Dicastério para a Promoção do Desenvolvimento Humano Integral, com mais de 40 anos de experiência ao serviço da Santa Sé.

A convidada sublinhou que a pandemia “mostrou que a saúde, especialmente no que diz respeito às doenças infeciosas, é um bem comum global”.

OC

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