Igreja/Sociedade: Comissão Nacional Justiça e Paz propõe não-violência «ativa e criativa»

Organismo católico realça importância da mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2017

Lisboa, 29 dez 2016 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), da Igreja Católica em Portugal, destaca a proposta de “não-violência ativa e criativa’ na mensagem do Papa Francisco para o 50.º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro 2017).

“Pelo facto de beneficiarmos da paz (há quem diga que somos dos países mais pacíficos do mundo), não podemos ser indiferentes a esses cenários de guerra e temos especiais deveres de solidariedade para com as suas vítimas (como são muitos dos refugiados que chegam à Europa)”, refere a CNJP.

Na nota enviado hoje à Agência ECCLESIA, o organismo católico explica que – “a não-violência ativa e criativa, as vias do diálogo e do perdão” – a que se refere o Papa Francisco são “oportunas” para a “superação de todo o tipo de conflitos”, dos familiares aos sociais, económicos ou políticos.

‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’ foi o tema escolhido pelo Papa Francisco para a mensagem que celebra o cinquentenário do Dia Mundial da Paz.

“Responder à violência com a violência e a vingança desencadeia uma espiral de morte infindável, que beneficia apenas poucos «senhores da guerra»”, destaca a CNJP, sublinhando a partir da mensagem que a violência “não permite alcançar objetivos de valor duradouro”.

O organismo laical da Conferência Episcopal Portuguesa assinala que “responder ao mal com o bem”, invertendo a espiral de represálias, é a forma como a não-violência deve ser entendida.

“Não se confunde com a rendição ou a passividade, pelo contrário, é ativa e criativa e exige o máximo empenho e coragem”, pode ler-se.

A CNJP, que tem a finalidade promover e defender a Justiça e a Paz, realça que é da família que “pode brotar a não-violência” porque é onde os conflitos são “superados com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão”.

“A partir da família, a alegria do amor propaga-se pelo mundo, irradiando para toda a sociedade”, sublinha o organismo indicando que a esse objetivo “contrastam” a violência doméstica e os abusos sobre mulheres e crianças.

O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, o jurista Pedro Vaz Patto, comentou, em entrevista à Agência ECCLESIA, a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2017 intitulada ‘A não-violência: estilo de uma política para a paz’.

Esta celebração foi instituída pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e as mensagem do Papa é anualmente enviada aos Ministérios dos Negócios Estrangeiros de todo o mundo.

CB/OC

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