Presidente da Federação Portuguesa pela Vida esclareceu a possível revogação da legalização do aborto nos Estados Unidos da América.
Lisboa, 19 Mai 2022 (Ecclesia) – A presidente da Federação Portuguesa pela Vida considera que a “possível decisão” que possa sair do Supremo Tribunal de Justiça americano “não revoga a possibilidade de aborto”
“Isso é uma mentira que tem sido espalhada pelo mundo porque aquilo que esta decisão pode fazer é reverter a decisão de 1972, que dizia que não pode haver limites à prática do aborto”, disse Isilda Pegado à Agência ECCLESIA em relação à possível revogação da legalização do aborto nos Estados Unidos da América.
Aquilo que o Supremo Tribunal de Justiça norte-americano tem previsto, “no projeto conhecido”, é que “não há um direito a dispor da vida do bebé ilimitadamente”, frisou a responsável.
Cada um dos 50 estados que constituem este país, “passa agora a ter a possibilidade de dizer em que circunstâncias pode ou não pode ser feito o aborto”, afirma Isilda Pegado ao Programa ECCLESIA emitido esta quinta-feira na RTP2.
Para a presidente da Federação Portuguesa pela Vida viveu-se sobre uma “ditadura de uma decisão errada que, em 1972, foi tomada” por aquela instituição.
Quanto “mais a ciência avança, maior é a possibilidade de a lei proteger a vida humana que está dentro daquela mulher”, acentuou a jurista.
A sociedade tem de proteger “todas as vidas humanas”, por isso a Federação Portuguesa pela Vida “não a aceita a discriminação do ser humano em função do tempo de vida”.
O eventual acórdão nos Estados Unidos da América é como “a queda do muro de Berlim”, reforça Isilda Pegado.
A presidente da federação espera que a decisão judicial americana “venha a ter efeitos na Europa e em Portugal”.
Em relação à possível alteração do enquadramento legal nesta área nas terras lusitanas, Isilda Pegado frisou que “há um caminho que é necessário percorrer no sentido da proteção da vida humana”.
“Com um aborto não é só uma criança que morre, há uma mãe que deixa de o ser, há uma família que perde um dos seus”, acentua.
A maternidade “tem de ser protegida”, finaliza Isilda Pegado.
PR/LFS