COMECE publica nota sobre os recentes ataques na Ucrânia e Polónia
Bruxelas, 17 nov 2022 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados Católicos da Europa (COMECE) publicou uma nota a respeito dos recentes ataques com mísseis, que atingiram a Ucrânia e a Polónia, pedindo o fim da “loucura da guerra”.
“Que mais deve acontecer para que finalmente se ponha um fim a esta ‘loucura da guerra'”?”, questiona o documento publicado esta quarta-feira pela COMECE e a sua comissão para as relações externas.
O texto manifesta a “profunda preocupação” do organismo católico perante os recentes desenvolvimentos na Ucrânia e na Polónia.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, disse esta quarta-feira que a explosão que matou duas pessoas na Polónia, no dia anterior, “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, ressalvando que o incidente “não é culpa da Ucrânia”.
Já o presidente polaco, Andrzej Duda, assinalou que o míssil terá sido lançado pela Ucrânia, precisando que nenhum indício aponta para que tenha sido um “ataque intencional”.
A COMECE comentou o incidente, que despertou a opinião pública para a hipótese de um envolvimento da NATO nesta guerra, sublinhando que o conflito “apresenta o risco de consequências incontroláveis e catastróficas para toda a humanidade”.
“Queremos oferecer as nossas orações às vítimas e condolências às suas famílias. Desejamos também oferecer a nossa proximidade à população da Ucrânia que ficou sem acesso aos serviços básicos, incluindo água e eletricidade”, indica a declaração.
Os bispos católicos apelam às autoridades russas para que “suspendam imediatamente as hostilidades”, desejando que todas as partes estejam abertas à negociação de “propostas sérias” em prol de uma solução para o conflito, que “respeite o direito internacional e a integridade territorial da Ucrânia”.
Já a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alertou para as consequências do próximo inverno, em contexto de guerra, na população ucraniana.
“Será difícil sobreviver no inverno com temperaturas abaixo dos 20 graus”, diz Marco Mancaglia, um dos responsáveis de projetos da Fundação AIS para a Europa de Leste, em entrevista ao jornal espanhol ABC.
OC
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