Igreja/Sociedade: Adultos devem ouvir o que os jovens querem e pensam

Ana Felipe, do Instituto de Apoio à Criança, marcou presença no 53º Encontro Nacional da Catequese

Alfragide, Lisboa, 10 abr 2014 (Ecclesia) – Ana Felipe, psicóloga do Instituto de Apoio à Criança, disse hoje, durante o 53º Encontro Nacional da Catequese, que “os adultos precisam de prestar mais atenção ao que os jovens querem e pensam”.

“É muito importante ouvir o que os adolescentes têm para dizer porque muitas vezes a família não tem tempo para os ouvir, não lhes dá a atenção devida. Não se pode decidir por ele, pelo contrário há que dar atenção à sua opinião, é importante que eles digam o que pensam e o que querem”, referiu Ana Felipe à Agência ECCLESIA.

A psicóloga lembra que “os jovens têm o dever e o direito de decidir o que querem da sua vida e que os adultos têm o dever e o direito de lhes apontar os bons caminhos e as oportunidades que existem”.

O 53.º Encontro Nacional de Catequese decorre até esta sexta-feira em Alfragide, arredores de Lisboa, sobre o tema ‘pedagogia da fé e da vida para adolescentes’.

 “A adolescência é aquela fase da idade que vai desde a infância até à puberdade e em que se têm o estigma que é uma fase irreverente, rebelde”, sintetizou Ana Felipe.

A psicóloga lembra que Portugal vive uma crise social e económica o que tem prejudicado também os jovens “porque eles deixam também de ter apoios e tantas oportunidades como tinham”.

“A nossa sociedade está a prolongar o tempo da adolescência porque como não tem soluções vai retendo as pessoas considerando-os jovens porque não há forma de lhes dar a independência mesmo ele querendo ser já decisores”, afirmou.

A escola e a família “são essenciais para o crescimento equilibrado dos jovens” sendo que a componente espiritual é também “muito importante seja qual for a religião ou credo” porque “a fé é fundamental em termos de alimento psicológico e espiritual”.

Cristina Sá Carvalho, responsável pelo setor de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), disse à Agência ECCLESIA que “os catequistas têm hoje um grande desafio junto dos adolescentes” dado que muitas vezes “a família e as escolas não conseguem dar todas as respostas”.

“As crianças e os adolescentes têm uma apetência natural sobre o religioso e colocam em si mesmo o que pensam sobre o antes e o depois, a vida e a morte. Essa agitação interior é um caminho para o transcendente, à procura de sentido e a catequese pode ajudar a esclarecer todas essas questões à luz ido ao encontro de Deus”, precisou.

MD

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