Igreja: «Sedução por Jesus Cristo» continua presente nos jovens

41.º encontro nacional dos Convívios Fraternos decorreu em Fátima

Fátima, Santarém, 09 set 2014 (Ecclesia) – Cerca de 11 mil pessoas marcaram presença no encontro nacional deste ano dos Convívios Fraternos, que decorreu sábado e domingo em Fátima.

Subordinada ao tema “Atreve-te a amar”, a 41.ª edição do encontro contou com participantes vindos de diversas dioceses do país e também do estrangeiro, entre os quais muitos jovens que integram o movimento.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre Valente de Matos, que há 46 anos impulsionou os Convívios Fraternos em Portugal, destaca a forma efetiva como os mais novos continuam a aderir a este projeto, que é sobretudo uma proposta de “experiência de Deus e consequentemente de amor cristão”.

Para o sacerdote, “é consolador sentir” que essa “sedução por Jesus Cristo” continua hoje presente nos jovens, “através do carisma daquele movimento”.

Através dos Convívios Fraternos, os mais novos “encontram não um Deus justiceiro, castigador, mas um Deus essencialmente amor que abraçam com entusiasmo”.

E independentemente dos problemas ou dos desafios serem diferentes daqueles que existiam em 1968, essa “ânsia, essa procura de Deus, continua sempre igual”.

“Os jovens vivem a mesma preocupação, o mesmo desejo de encontrar algo que possa dar resposta aos seus problemas, sentido à sua vida, consciente ou inconscientemente eles procuram Deus como resposta para os seus problemas”, salienta o padre Valente de Matos.

Um dos aspetos mais relevantes dos Convívios Fraternos é que eles permitem muitas vezes dinamizar paróquias e comunidades mais isoladas ou mesmo afastadas da Igreja Católica.

Pedro Castro, que esteve presente no encontro nacional, dá como exemplo a realidade da sua diocese, Bragança-Miranda, onde o movimento está presente há cerca de 15 anos.

Através da mobilização de mais de 1500 jovens na região, os convívios permitiram “renovar a vida das paróquias, das comunidades”, ao mesmo tempo que ajudaram as famílias a tornarem-se “mais cristãs”.

“Temos visto realmente transformações de vida, os pais que habitualmente nem são muito praticantes, são agora os filhos que os convidam, que os levam à eucaristia, à participação mais ativa nesta Igreja de Jesus Cristo”, descreve Pedro Castro.

Outra caraterística dos Convívios Fraternos, também demonstrada em Fátima, é que permite manter coesas as comunidades portuguesas radicadas fora do país.

De acordo com Patrick Marques, os “convivas” da Diocese de Paris estão atualmente “a tentar trabalhar e levar o Convívio Fraterno” aos diversos núcleos de emigrantes lusos espalhados por França.

“Há também o interesse de levar o movimento às próprias comunidades francesas” ou a emigrantes vindos de outros pontos do globo.

Patrick Marques destaca os Convívios Fraternos como uma forma de “descobrir e fortificar a fé” e considera o encontro anual em Fátima um momento de partilha e troca de experiências, no meio do “trabalho exigente” que tem de ser feito.

HM/JCP

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