Sacerdote coordena setor, no Hospital de Santa Maria
Lisboa, 20 nov 2023 (Ecclesia) – O coordenador da assistência religiosa e hospitalar no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, considera que têm sido dados “passos progressivos” no campo da ajuda espiritual nos hospitais.
“A lei de 2009 funda a assistência espiritual e religiosa e, até ao momento, já foram dados passos na atualização e revisão dos documentos que gerem e regem o serviço, nomeadamente o regulamento interno porque se verificou que era necessário um protocolo para assistência não vinculada ao hospital”, disse à Agência ECCLESIA o padre Fernando Sampaio.
Neste processo evolutivo, o sacerdote realça que foi “arranjado um documento aprovado pela administração e se comece a informar os doentes sobre os direitos espirituais durante o internamento”.
No decreto atual “não faz sentido falar de capelania porque o que existe é um serviço que abriga diferentes capelanias”, sublinhou coordenador da assistência religiosa e hospitalar no Hospital de Santa Maria.
A pluralidade manifesta-se “na atitude que o hospital tem com os doentes internados e na resposta para as suas necessidades espirituais, de acordo com a sua vontade nos termos da lei”.
O grupo de Trabalho Inter-Religioso (GTIR) foi um dos elementos que contribuiu para que a assistência espiritual e religiosa fosse mais plural.
“Este grupo ajudou a conhecer as pessoas e também constituir alguma pressão para que esta realidade aconteça”, frisou o padre Fernando Sampaio numa entrevista ao Programa ECCLESIA emitido, esta segunda-feira, na RTP2.
Para que o conhecimento destes agentes espirituais e religiosos seja cada vez “mais profundo” vai realizar-se, ao longo do ano, um ciclo de encontros “Conhecer para Cuidar” na sequência de uma maior pluralidade no serviço de assistência espiritual e religiosa no Hospital de Santa Maria, que integra o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN).
“Uma forma de cada religião expor o seu pensamento sobre a vida, sofrimento e morte”, anunciou.
Através destes conhecimentos, o hospital torna-se “mais cuidadoso com os doentes” porque sabe “os costumes e valores de cada pessoa”, sublinhou o padre Fernando Sampaio.
O diálogo entre o serviço espiritual e religioso e a administração do hospital de Santa Maria tem “sido extraordinário” e “tem permitido avançar neste campo”.
O cuidado hospitalar tem de passar também pela assistência espiritual e religiosa e “se tal não acontecer coloca-se parte da pessoa de lado”, finalizou o coordenador da assistência religiosa e hospitalar no Hospital de Santa Maria.
LFS/PR/LJ/OC