Igreja/Saúde: Irmãs Hospitaleiras querem dar visibilidade às pessoas com deficiência intelectual e suas famílias

Casa de Saúde da Idanha dinamizou seminário de ética

Sintra, 05 dez 2019 (Ecclesia) – O diretor clínico da Casa de Saúde da Idanha afirmou que, a nível social, “a deficiência intelectual será a problemática que mais torna invisível aos olhos de todos”, num seminário de ética que a instituição organizou, esta quarta-feira.

“Queremos dar muita visibilidade às pessoas que têm uma deficiência intelectual e às famílias, que esta visibilidade se traduza em ações concretas que possam melhorar a condição de vida e a qualidade de vida das pessoas que têm deficiência”, disse Pedro Varandas em declarações à Agência ECCLESIA.

O médico psiquiatra explica que as pessoas com deficiência intelectual “não frequentam o espaço público” e que este lhes “é agreste”, por isso, a inclusividade pretendida “sem ser feita no espaço público as torna invisíveis”: “Vivem em instituições, em casa, ou no transporte de um lado para o outro”.

Segundo o responsável, a visibilidade “tem de ser dada para a sociedade se alertar que existem pessoas que são seres humanos” e gostariam de ter uma vida “com mais qualidade mas também um pouco mais feliz” e alerta que, “infelizmente”, tem-se acentuado a lei/regra que “há uma estética que exclui” quem não corresponde aos padrões do jovem, do belo, do saudável.

‘Deficiência Intelectual… Hoje!’ foi o tema do 7.º Seminário de Ética organizado pela Casa de Saúde da Idanha, esta quarta-feira, em Belas – Sintra.

A supervisora de Enfermagem explica que “é um grande desafio” trabalhar nesta área específica e observa que durante a formação académica “raramente são abordadas estas questões”.

“Quando nos confrontamos com elas na nossa atividade profissional começamos a dedicar-nos a esta área, a investigar, a aprofundar conhecimentos. É fundamental encontrarmos outros profissionais empenhados nesta área com quem possamos trocar experiências, impressões e evoluirmos para um trabalho melhor”, desenvolveu Alda Ramos.

A Casa de Saúde da Idanha pertence ao Instituto Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus que estão em Portugal há 125 anos; Uma Instituição Particular de Solidariedade Social com fins de Saúde, que presta assistência e cuidados especializados no acompanhamento e tratamento integral da pessoa portadora de doença mental, deficiência física e/ou psíquica, ou outras patologias.

“Esta congregação que tem uma missão muito espinhosa que é ajudar algumas das pessoas mais vulneráveis da sociedade, que têm mais dificuldade em estar neste mundo. É também uma estética, uma posição, uma manifestação de vontade e exemplo para a sociedade em geral”, realçou diretor clínico da Casa de Saúde da Idanha, Pedro Varandas.

Já a supervisora de Enfermagem revela que as religiosas têm uma “dedicação absoluta” que também faz “querer fazer melhor e estar envolvidos o mais possível”.

Alda Ramos destaca também o “ambiente acolhedor para os utentes e profissionais” da Casa de Saúde da Idanha que “estimula o desenvolvimento para trabalhar melhor” e não estarem “agarrados à rotina e ao que se aprendeu um dia”.

Em Portugal, as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus têm 12 estabelecimentos: 8 no continente, 2 na Região Autónoma da Madeira e 2 na Região Autónoma dos Açores.

HM/CB

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Agência ECCLESIA

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