Igreja reforça compromisso pelos doentes de Sida

“Jesus Cristo, esperança para África. Juventude, saúde e Sida” foi o tema escolhido para as celebrações do XIII Dia Mundial do Doente, que na sexta-feira foi assinalado pelos católicos todo o mundo. A Igreja aproveitou esta oportunidade para reforçar o seu compromisso em favor dos doentes de Sida, pedindo a solidariedade de todo o mundo. As celebrações oficiais tiveram lugar em Yaoundé (Camarões), sob a presidência do enviado especial do Papa, o Cardeal Javier Lozano Barragán, presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde. Aos fiéis presentes no Santuário de Maria Rainha dos Apóstolos foi lida e mensagem enviada por João Paulo II para o final das celebrações, na qual se recordam os dramas do continente africano, “marcado por muitos e graves problemas, mas rico também de extraordinários recursos humanos e espirituais, e animado por um intenso desejo de paz e de autêntico progresso”. “A África sofre pela presença de muitos doentes que silenciosamente invocam a solidariedade de todo o mundo”, escreveu o Papa. A Santa Sé apresentou em Dezembro a Fundação “O Bom Samaritano”, uma espécie de Fundo Global da Igreja Católica que tem como objectivo ajudar economicamente os doentes mais necessitados, de modo particular os contagiados pelo VIH/Sida. O próprio Papa contribuiu com 100 mil Euros para o arranque da iniciativa. O Cardeal Javier Lozano Barragán confirmou na homilia da celebração eucarística que encerrou a celebração do XIII Dia Mundial do Doente “a vontade da Igreja de oferecer sua contribuição material, espiritual e moral perante os grandes desafios que a África vive, em particular no campo da saúde”. “Trabalhemos juntos para construir a paz e facilitar o desenvolvimento social, político e económico do qual a África tem urgente necessidade”, concluiu o enviado papal. Na celebração, João Paulo II fez questão de se dirigir pessoalmente “aos queridos irmãos e irmãs doentes, que levais no corpo os sinais de dor e da fragilidade”. A estes, o Papa recorda que “Jesus é o homem que conhece o sofrimento”, pelo que os convida no Ano da Eucaristia a unir-se “com a mente e o coração ao sacrifício da missa, inesgotável manancial de esperança em toda prova da vida”. Apesar da sua ausência na celebração eucarística na Basílica de São Pedro, por ocasião do Dia Mundial do Doente, João Paulo II enviou também uma mensagem na qual pediu aos doentes de todo o mundo que ofereçam as suas orações “por mim e pela minha missão de pastor universal do povo cristão”. “O Papa conta com as vossas orações e os vossos sofrimentos”, diz o texto, lido na cerimónia pelo Cardeal Camillo Ruini, vigário papal para a Diocese de Roma, que presidiu à Missa. Milhares de doentes e de fiéis estiveram na celebração, marcada pela expectativa em relação a uma eventual presença de João Paulo II, que quinta-feira tinha regressado ao Vaticano após 10 dias de internamento no policlínico Gemelli como consequência de complicações respiratórias.

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