Igreja quer mais inscrições em EMRC

Campanha de matrículas destaca importância de uma «educação integral»

«Eu quero!» é o lema com que os responsáveis pela disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no nosso país querem cativar os alunos numa campanha de matrículas neste final de ano lectivo.

Presente desde o Ensino Básico ao Secundário, em regime opcional, esta é uma disciplina que se apresenta como “um espaço educativo de grande interesse” no contexto de “uma autêntica educação integral”.

O desdobrável que promove a inscrição em EMRC para o ano lectivo 2010/2011 sublinha que “a dimensão religiosa é fundamental para se dar resposta à inquietação humana pelo sentido último da vida”.

“O conhecimento da mensagem cristã é essencial para a definição da própria identidade, no contexto de um país com profundas raízes cristãs”, assinala-se ainda.

[[v,d,1262,]]Dimas Pedrinho, responsável pelo Departamento da Educação Moral e Religiosa Católica do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) refere ao programa «70×7» que a disciplina ensina a “ser mais pessoa”.

A respeito da campanha de matrículas, que quer sensibilizar pais e alunos, este responsável admite que a EMRC tem de enfrentar vários desafios para se conseguir apresentar “de forma atractiva, criativa”.

Na Escola Secundária de Peniche, há já 33 anos que professores, alunos e antigos alunos criam uma verdadeira “família” em volta da EMRC

Fabiana Faustina, aluna do 11.º ano, sublinha o “espírito de amizade” proporcionado pelas aulas da disciplina, um ponto de partida para tudo o que ali se desenvolve.

O professor Francisco Domingos leva mais de três décadas a dar a conhecer disciplina de EMRC, explicando que “é aqui dentro que formamos homens, ajudamos os nossos alunos a dar passos, a crescer”.

37,4 % dos alunos frequentam a disciplina no ensino oficial Básico e secundário, embora se verifique uma quebra progressiva à medida que se avança nos anos escolares. Os dados são revelados pelo site EMRCdigital.com, do SNEC.

A nova Concordata consagra a existência da disciplina de EMRC, continuando os professores a ser propostos pelos Bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela.

“A República Portuguesa, no âmbito da liberdade religiosa e do dever de o Estado cooperar com os pais na educação dos filhos, garante as condições necessárias para assegurar, nos termos do direito português, o ensino da religião e moral católicas nos estabelecimentos de ensino público não superior, sem qualquer forma de discriminação”, lê-se no artigo 19.

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