A Comissão Facilitadora da Igreja Católica para o diálogo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) apresentou o quinto esboço da proposta de paz, onde defende visa um “cessar temporário de operações militares ofensivas”. Uma das condições para que o cessar-fogo avance é “a libertação unilateral de civis sequestrados”, que inclui os políticos em poder das FARC. Estas mantêm como reféns, com a finalidade de troca, 800 colombianos e estrangeiros, entre políticos, civis e militares. O documento, elaborado por D. Luis Augusto Castro, Bispo de Tunja, e pelo Pe. Darío Echeverri, secretário geral da Comissão de Conciliação Nacional, apresenta ao grupo guerrilheiro um acordo sem intervenção militar e assegura o regresso dos guerrilheiros aos seus lugares de origem. Por isso, o texto muda a figura de “zonas desmilitarizadas” por “um cessar temporário de operações militares ofensivas, em lugares precisos, previamente combinados”, definindo que para que esse cessar-fogo de operações militares sejam oferecidas as garantias de segurança necessárias, que deverão ser devidamente supervisionadas por organismos nacionais ou internacionais. O esboço, que tem como título “Acordo de vontades com propósitos humanitários entre o Governo nacional e as Farc-Ep”, prevê ainda “a libertação concorrente de membros das FARC e dos militares e policias presos, vários dos quais completaram já seis anos em poder das FARC”. O Governo compromete-se, neste ponto das negociações, “a remover os obstáculos de tipo jurídico que possam apresentar-se na execução do acordo”.
