Igreja/Portugal:Aposta reforçada no turismo

Novo responsável nacional assume missão acompanhado por equipa de oito elementos

Luso, Coimbra, 09 mai 2012 (Ecclesia) – O novo diretor da Obra Nacional da Pastoral do Turismo (ONPT), da Igreja Católica, manifestou hoje a intenção de promover a criação de um serviço pastoral desta área, “autónomo ou agregado a outros”, em todas as dioceses portuguesas.

O padre Carlos Godinho referiu à Agência ECCLESIA que o novo organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) pretende ser “o propulsor da criação de organismos” que tenham respostas para a área do turismo.

A nomeação do diretor foi conhecida esta terça-feira, em Fátima, após reunião do Conselho Permanente da CEP.

A direção da ONPT inclui oito elementos: o padre Carlos Godinho (pároco do Luso, Diocese de Coimbra); o padre Sezinando Alberto (reitor do Santuário de Cristo Rei, Almada), como secretário; o padre Miguel Neto (Diocese do Algarve), tesoureiro; Sandra Costa Saldanha (diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja), frei José Miguel Loureiro (Comissário da Terra Santa em Portugal), Varico Pereira (TUREL – Turismo Cultural e Religioso), Rosário Frazão (agência de viagens ‘Verde Pino’) e um representante do Santuário de Fátima que será eleito esta quinta-feira, como vogais.

O novo diretor sublinha que é fundamental “definir os estatutos da obra” e depois dar “indicações concretas às paróquias e comunidades”.

Para além deste vetor, “importa também consciencializar para a urgência da pastoral do turismo”, até pelo “significado dos números, que são um apelo enorme”.

Com um desenvolvimento exponencial na segunda metade do século XX e no início do século XXI, o turismo deve “ser valorizado como serviço autónomo e próprio” ao nível da pastoral, “como refere o Papa Bento XVI, na sua última mensagem ao Congresso Mundial da Pastoral do Turismo, em que afirmava: ‘exorto a fim de que a pastoral do turismo faça parte, de pleno direito, da pastoral orgânica e ordinária da Igreja’”.

A pastoral do turismo compreende “quatro grandes campos – balnear, peregrinações, santuários e termas” e neste contexto é urgente “fazer propostas eclesiais de âmbito nacional”, frisou o sacerdote, de 46 anos.

A vertente do turismo rural e o turismo sénior são duas realidades que “não serão esquecidas”, afirma o padre Carlos Godinho, para quem a “primeira atitude é acolher bem” e “facilitar a vida às pessoas para que possam participar na vida da comunidade”.

“Ir ao encontro das pessoas”, através de vários meios, é outro aspeto que “não pode ser esquecido”, salienta ainda.

Para este responsável, o turismo deve “estar organizado” e “não pode ter apenas contornos economicistas”, mas “responder à procura que as pessoas fazem de si mesmas, no sentido de encontrarem as razões profundas da sua existência, e também da beleza, enquanto meio de abertura ao Criador, como referia o Papa na mesma mensagem, ao referir-se à ‘via pulchritudinis’, o ‘caminho da beleza’”.

LFS/OC

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