Pedro Teixeira destaca vertente comunitária da caminhada, que o tem ajudado a «crescer», sobretudo ao nível da «tolerância»
Lisboa, 09 mai 2012 (Ecclesia) – Pedro Teixeira, da Diocese de Lisboa, procura na experiência de peregrinação a “força” necessária para enfrentar o dia a dia e cumprir no meio da comunidade a sua vocação cristã.
“Fazermo-nos rodear de gente que acredita no mesmo que nós dá-nos mais alento mas também é um exercício que temos de fazer sozinhos, chegar aos outros que não acreditam, aos nossos colegas de faculdade e de trabalho”, sublinha o estudante de arquitetura, em entrevista à ECCLESIA.
Habituado a caminhar até ao Santuário de Fátima, o jovem de 21 anos olha para o acontecimento como uma etapa “sempre especial”, que “converte totalmente o coração”.
“O mistério de Fátima continua a ser hoje algo que move montanhas”, sublinha Pedro Teixeira, para quem chegar ao local de culto mariano significa entrar num ambiente de “calma autêntica”, que “não tem comparação”.
O esforço físico, os momentos de oração e partilha, a entreajuda e os laços humanos que se reforçam no meio de cada etapa percorrida, têm ajudado este membro da paróquia de Carcavelos a “crescer na fé e como pessoa”, sobretudo ao nível da “tolerância”.
“A grande dificuldade é conseguir trazer para a vida e dar aos outros testemunhos dessa diferença e dessa alegria em Cristo”, aponta.
Ao longo dos anos que leva como peregrino de Fátima e também de Santiago de Compostela (Galiza, Espanha), Pedro Teixeira guarda no coração os momentos em que “conseguiu ver Cristo nos outros”, mesmo naqueles onde menos esperava.
Recorda particularmente um jovem “que se dizia ateu” e se fez romeiro apenas para acompanhar os amigos mas que, no entanto, acabou por ser um testemunho essencial para todo o grupo.
“De dia para dia ia ter com as pessoas, naquelas subidas mais complicadas chegava a levar três ou quatro mochilas ao mesmo tempo”, conta o jovem.
O programa ECCLESIA na Antena 1 apresenta até à próxima sexta-feira, sempre às 22h45, histórias de peregrinos que consolidaram a sua espiritualidade a caminho do Santuário de Fátima.
PRE/JCP