Igreja/Portugal: Responsáveis católicos gostariam de associar beatificação do padre Américo à JMJ 2022 (c/vídeo)

D. Manuel Linda lembra que fundador da «Obra de Rua» se dedicou à juventude e ficou conhecido como «Pai Américo»

Porto, 12 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou que “seria uma maravilha” se o padre Américo “fosse declarado beato” no contexto da Jornada Mundial da Juventude de 2022, que vai decorrer em Lisboa, saudando o reconhecimento das suas ‘virtudes heroicas’.

“O padre Américo dedicou-se à juventude, que o chamava mesmo de ‘Pai Américo’. Seria uma maravilha se fosse declarado beato no contexto das Jornadas Mundiais da Juventude” (JMJ), disse D. Manuel Linda à Agência ECCLESIA.

O fundador da Obra da Rua, uma das figuras mais conhecidas da Igreja Católica em Portugal no século XX, dedicou a sua vida aos mais pobres, especialmente os jovens em risco, acolhidos nas Casas do Gaiato, e aos doentes incuráveis.

O bispo do Porto observou que agora a beatificação “depende dele” e de “Deus que pode dar a graça” de um milagre reconhecido à intercessão do padre Américo.

Já o coordenador-geral da JMJ 2022 para o setor logístico-operativo, D. Américo Aguiar, considerou que, pela “história e testemunho de vida do padre Américo”, a possibilidade de beatificação ou canonização no encontro mundial de jovens em Lisboa “seria uma cereja no topo do bolo”.

“Deus sabe, Deus sabe, cabe-nos a nós a oração para que as coisas se concretizem”, acrescentou o bispo auxiliar de Lisboa.

O padre Américo é santo no coração dos portuenses e portugueses; faltam os papéis e que a Igreja se pronuncie oficialmente, que reconheça e que o padre Américo, junto de Deus continue a dar um contributo para que isso se concretize”.

O bispo auxiliar de Lisboa acrescenta que uma eventual beatificação do fundador da Obra da Rua “seria mais um condimento” para a JMJ 2022, que “tem tantas frentes, tantas realidades diferenciadas”.

“O acontecimento da santidade, assim ao vivo e a cores, em direto, com uma beatificação ou canonização seria qualquer coisa que nunca aconteceu. Seria mais uma marca ‘pt’ uma marca portuguesa, na Jornada Mundial da Juventude”, acrescentou D. Américo Aguiar.

O coordenador-geral da JMJ 2022 realça que “a marca da santidade é sempre um desafio” que o Papa Francisco coloca “ainda mais nesta área das periferias”, onde o padre Américo “é um especialista, uma referência maior no Porto e em Portugal do que é o trabalho junto das periferias”.

O Papa aprovou a publicação do decreto que reconhece as “virtudes heroicas” do padre Américo – passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade, anunciou hoje o Vaticano.

Américo Monteiro de Aguiar institui a Obra da Rua em janeiro de 1940, com a fundação da primeira Casa do Gaiato; o sacerdote nasceu em Galegos, Penafiel, a 23 de outubro de 1887, e faleceu no Hospital de Santo António, Porto, a 16 de julho de 1956, tendo sido sepultado na Capela da Casa do Gaiato de Paço de Sousa, Penafiel.

PR/CB/OC

Vaticano: Papa abre caminho à beatificação do Padre Américo, fundador da Obra da Rua

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Agência ECCLESIA

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