Igreja/Portugal: Presidente da CEP pede «contributo de todos» na JMJ 2023 (c/vídeo)

D. José Ornelas fala do encontro de Lisboa como oportunidade para «sonhar e lutar por um mundo mais humano»

Foto Agência ECCLESIA/PR

Fátima, 07 nov 2022 (Ecclesia) – O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse hoje em Fátima que a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que Lisboa recebe em agosto de 2023, precisa do “contributo de todos”.

“Faltam 266 dias para esse grande momento e cada vez mais sentimos que só com o contributo de todos – invocando e acolhendo o Espírito de Deus – vai ser possível acolher, no mesmo Espírito, os jovens de todo o mundo e fazer acontecer o milagre do encontro com Cristo Vivo”, assinalou D. José Ornelas, na abertura da 204.ª Assembleia Plenária da CEP, que decorre até quinta-feira.

Falando das várias iniciativas de preparação que estão em curso, o bispo de Leiria-Fátima indicou que as mesmas não se dirigem apenas aos cristãos, mas pretendem “envolver e contar com a colaboração ativa de quantos se sentem motivados a juntar-se, na variedade das opções religiosas e sociais, para sonhar e lutar por um mundo mais humano para todos”, onde as diferenças “sejam respeitadas e não constituam motivo de segregação, de conflitos e de guerras”.

“Desejamos, antes, que possa afirmar-se no compromisso de cuidar desta terra, dom de Deus e casa comum da humanidade e dos que nela habitam, para que a ninguém falte a liberdade e os meios essenciais para uma vida digna, na justiça e na paz”, prosseguiu.

A JMJ Lisboa 2023, que vai decorrer de 1 a 6 de agosto do próximo ano, foi apresentando como “o maior encontro de jovens a nível mundial”.

“É evidente que nós, os bispos de Portugal, nos sentimos particularmente convocados para este grande acontecimento da Igreja e do país, desde o seu anúncio”, indicou D. José Ornelas.

O presidente da CEP recordou que “centenas de voluntários já trabalham”, tanto na sede da JMJ 2023, em Lisboa, como nas várias dioceses portuguesas, com destaque para a peregrinação dos símbolos desta jornada, a Cruz e o ícone de Maria, na sua 13ª etapa, atualmente em Setúbal.

Atravessam-se rios, visitam-se hospitais, prisões, escolas, lares e outras instituições sociais. E os jovens carregam a Cruz num sinal claro da sua adesão a Jesus. Não podemos defraudar esta esperança, não podemos ignorar esta determinação que nos desafia a estarmos com os jovens, a escutarmos o que nos querem dizer, a responder aos seus anseios”.

A intervenção falou ainda do Sínodo 2021-2024, com o novo documento de trabalho para a Etapa Continental, que convida todos a “discernir, ao nível de cada comunidade e diocese, os passos concretos que devem ser dados no sentido da conversão e transformação de atitudes e estruturas”.

“O Sínodo não é um parlamento nem sondagem de opiniões. É um acontecimento eclesial que precisa de todos. Por isso, é necessário que todos se interessem e se envolvam – também aqueles que não tenham facilidade em rever-se no método ou nos documentos de trabalho já produzidos”, apontou o bispo de Leiria-Fátima.

O presidente da CEP começou por recordar os bispos falecidos desde a última reunião magna do organismo, D. António de Sousa Braga e D. Daniel Batalha Henriques, bem como as mais recentes nomeações episcopais: D. Delfim Jorge Esteves Gomes, como novo bispo auxiliar de Braga; e D. Armando Esteves Domingues, como bispo de Angra.

D. José Ornelas saudou ainda a nomeação do cardeal madeirense D. José Tolentino Mendonça, como prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação, da Santa Sé.

“Que este novo serviço a toda a Igreja, num campo que lhe é bem conhecido e ao qual tem dado um significativo contributo pessoal, possa significar uma intensificação do diálogo entre a fé e a cultura, como semente evangélica de respeito, transformação e convergência na construção de um mundo justo, fraterno e em paz”, desejou.

OC

Assembleia plenária da CEP
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