CEP aponta a «rede» criada na preparação para o encontro mundial de Lisboa
Fátima, 21 jun 2023 (Ecclesia) – As Jornadas Pastorais do episcopado português, que decorreram em Fátima, debateram o impacto da JMJ Lisboa 2023 e a necessidades de valorizar o contributo dos mais jovens, nas comunidades católicas.
“O presidente da Conferência Episcopal, D. José Ornelas, destacou a alegria e o ambiente de festa que se vive na proximidade da realização da Jornada Mundial da Juventude e reforçou a necessidade de não se perder a rede de comunicação e comunhão que já foi criada, em ordem a uma Igreja mais sinodal, onde os jovens têm um papel ativo e são os principais agentes de renovação pastoral”, refere uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA pela CEP.
Os cerca de 100 participantes nas Jornadas assumem a importância de “desenvolver a rede de comunicação e comunhão que foi criada entre paróquias, vigararias e dioceses através dos Comités Organizadores Paroquiais, Vicariais e Diocesanos e manter as relações externas com as diferentes entidades da sociedade civil”.
Os trabalhos, com o tema ‘JMJ Lisboa 2023 – Desafios pastorais pós-Jornadas para as Dioceses e para a Conferência Episcopal Portuguesa’, tiveram a presença de bispos, sacerdotes, consagrados, leigos e jovens, nomeadamente os responsáveis pelos Comités Organizadores Diocesanos (COD) da Jornada Mundial da Juventude.
O primeiro dia dos trabalhos contou com a presença de vários membros do Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, que partilharam algumas informações práticas, nomeadamente no que se refere à comunicação, às inscrições, aos voluntários, aos Dias nas Dioceses e aos principais eventos da semana JMJ.
O comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) sublinha a necessidade de “escutar os jovens, numa perspetiva sinodal, reconhecendo que são protagonistas do processo de renovação da Igreja, e com eles promover estruturas e organizar projetos, sendo consequentes e tomando decisões de acordo com aquilo que pedem, desejam e necessitam”.
Os trabalhos apontaram ao investimento em “recursos humanos a tempo inteiro para se dedicarem à pastoral juvenil”, tendo como objetivo fundamental “acompanhar os jovens, formar quem os acompanha e capacitar novos líderes para a evangelização”.
A Igreja, acrescenta o comunicado, é desafiada a “promover um trabalho mais próximo entre as diferentes áreas pastorais passando de uma pastoral segmentada para uma pastoral integrada, procurando uma Igreja mais sinodal tendo em conta o Sínodo dos Bispos sobre a sinodalidade atualmente em curso”.
As Jornadas Pastorais do Episcopado terminaram com a apresentação de um estudo desenvolvido para a CEP pelo Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa da Universidade Católica.
O documento, ‘Jovens, Fé e Futuro’, aponta que mais de metade dos jovens portugueses (56%) são religiosos; destes, 50% afirmam-se católicos.
A apresentação pública das conclusões vai decorrer a 6 de julho, na Universidade Católica, em Lisboa.
OC