«Queremos que se perpetuem para a geração 24, geração 25, geração 26», acrescenta Nuno Camelo, diretor do DNPJ
Fátima, 07 mai 2024 (Ecclesia) – A ‘Geração 2023’, saída da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, está ativa e participou no ‘Fátima Jovem’, entre sábado e domingo, com a presença de vários grupos novos.
“Este jovem, desta geração que viveu a preparação da Jornada e a realização da própria Jornada, voltaram às suas realidades onde estavam enraizados, outros enraizaram um pouco mais a sua intervenção na Pastoral Juvenil e estão nos seus territórios a dar eco, continuidade, com os que também se foram disponibilizando a concretizar os programas dos próximos anos”, disse Nuno Camelo, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), em declarações à Agência ECCLESIA.
O DNPJ voltou a realizar o ‘Fátima Jovem’, a peregrinação nacional de jovens ao santuário mariano na Cova da Iria, no primeiro fim-de semana de maio, com o tema central ‘Chamados ao Encontro’, reunindo jovens e animadores de 16 dioceses.
“E estes jovens, desta ‘Geração 23’, queremos que se perpetuem para a geração 24, geração 25, geração 26, e que consigam ao longo da sua vida, neste desenvolvimento integral do seu caminho, a continuar a levar como bagagem esta experiência de encontro com Cristo. A ‘Geração 23’ está ativa nestas dimensões e nestes territórios e este encontro também pretende celebrar esta realidade”, acrescentou Nuno Camelo, numa entrevista que é emitida hoje, no Programa ECCLESIA (RTP2).
João Patrício, jovem da Paróquia de Foz Côa, na Diocese de Lamego, participou no ‘Fátima Jovem’ pela primeira vez, depois de ouvir falar desta peregrinação nacional “muitas vezes” como “uma experiência muito enriquecedora”.
“Temos vários momentos de formação, de encontro, então acho que é isso que nos leva a vir: É encontramo-nos mais com a parte formativa do que a Igreja nos pede e nos diz, e depois a parte da festa, do encontro, da alegria de anunciar Jesus”, acrescentou.
Para João Patrício, que também é animador da catequese, do grupo de acólitos e nos escuteiros, a ‘Geração 2023’, que saiu da edição internacional da JMJ em Lisboa, “é uma geração que está mais empenhada, mais pronta, e mais disponível”.
“Vejo muito isso nos vários grupos que vamos acompanhando na diocese também são jovens que querem estar, querem participar, querem ter voz, mas uma voz responsável e uma voz que sabe aquilo que está a dizer. De forma muito assertiva, responsável e dinâmica; Os jovens não estão mortos, a Igreja não está de todo vazia, está é dinâmica, e à procura de novas vivências, de novas experiências de Jesus”, desenvolveu o jovem da Diocese de Lamego.
O ‘Fátima Jovem’ não se realizava desde 2019, primeiro devido à pandemia Covid-19, depois por causa da preparação e dinâmica da JMJ Lisboa 2023.
A edição 2024 teve 400 inscrições e vários jovens participaram pela primeira na peregrinação nacional, muitos em grupos que se formaram, ou ressurgiram, após a JMJ na capital portuguesa, como José Martins, do Grupo de Jovens de Borba, na Arquidiocese de Évora.
“Nós decidimos criar outro porque a jornada foi uma semana muito intensa para todos e quisemos dar continuidade àquilo que vivemos lá, essencialmente é sobre isso que falamos nas nossas sessões, sobre as jornadas, o que vivemos, também já fizemos todos o Crisma, catequese já não tínhamos e decidimos criar o grupo”, explicou Mariana Filipe, da Paróquia de Vila Viçosa, na Arquidiocese de Évora.
Vasco Matos, do Grupo de Jovens ‘IrAté’, de Valongo de Vouga (Águeda), na Diocese de Aveiro, partilha que as Jornadas “foram espetaculares”: “Foi algo que provavelmente só vivemos uma vez e sentir aquela união e sentir como se estivéssemos em casa, estando tão longe, é algo que nenhum dinheiro neste mundo paga, é algo diferente”.
Já Bruno Veigas, animador do Grupo de Jovens ‘Parceiros’, na Diocese de Leiria-Fátima, recorda que a JMJ Lisboa “foi uma agradável surpresa”, os jovens da paróquia “aderiram em força à participação nas jornadas” e foi “o momento certo” para criam o grupo, com “espirito de união”.
CB/OC