Igreja/Portugal: Clero das dioceses do centro refletiu sobre família, projetos educativos e comunicação

Bispos, padres, diáconos e seminaristas dividiram-se em grupos para participar nos três ateliês

Foto: Secretariado das Jornadas do Clero das Dioceses do Centro

Fátima, 30 jan 2024 (Ecclesia) – As Jornadas do Clero das Dioceses do Centro de Portugal propuseram aos 260 participantes, na tarde deste primeiro dia de formação, ateliês que abordam temas relacionados com a família, projetos educativos e comunicação, no Centro Pastoral Paulo VI.

“A família contemporânea, mais aberta, horizontal e em rede continua a cumprir a sua função social e a desafiar-nos a construir, a partir dela, um futuro melhor”, explicou Inês Pimentel, doutorada em Psicologia Clínica, segundo informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo secretariado das Jornadas do Clero.

A oradora convidada, psicóloga clínica, terapeuta familiar, de casal e interventora sistémica, refletiu sobre ‘as diferentes formas de vida em família’, no Salão do Bom Pastor, e desconstruindo a ideia de que “a família está em crise” procurou fomentar a reflexão e análise de que crise se fala e como podem “responder às necessidades e desafios que essa crise coloca a todos enquanto sociedade”.

‘Evangelização e comunidades’ é o tema Jornadas do Clero das seis Dioceses do Centro de Portugal – Aveiro, Coimbra, Guarda, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco e Viseu – entre hoje, 30 de janeiro, e quinta-feira, 1 de fevereiro, no Centro Pastoral Paulo VI, do Santuário de Fátima, com um programa de conferências, ateliês e música.

Jorge Cotovio, mestre em Administração Escolar pela Universidade Católica Portuguesa, desenvolveu o tema ‘Projetos educativos e ideologias’ onde refletiu sobre “muitos desafios”, na Sala João Paulo II.

Segundo o professor, os projetos educativos das escolas estatais, “supostamente ‘neutros’, supostamente defensores dos valores fundantes da sociedade, privilegiam os valores da moda”, enquanto os valores ‘tradicionais’ – “que atravessam há séculos povos, raças, culturas, religiões” – surgem de passagem porque até “ficam bem”, e os valores ‘religiosos’ “nem vê-los”.

No terceiro ateliê, deste primeiro dia (30 janeiro 2024) de Jornadas do Clero, o padre Pedro Guimarães falou sobre ‘linguagens e comunicação’ e lembrou a “profecia” do Papa João Paulo II, na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 1984: “Comunicação, fé e cultura são três realidades entre as quais se estabelece uma relação da qual depende o futuro da nossa civilização”.

O sacerdote, superior provincial da Congregação da Missão (Vicentinos) em Portugal, e autor do autor do livro ‘A comunicação da Igreja é um encontro’, explicou que o desafio como discípulos missionários é “incarnar as verdades de sempre numa linguagem que permita reconhecer a sua permanente novidade” (EG, 41), informa o secretariado das Jornadas do Clero.

Este encontro de formação, durante três dias, destina-se aos bispos das seis dioceses, a padres e diáconos e aos seminaristas que já estão a realizar o seu estágio nas paróquias.

CB/PR

Igreja/Portugal: Jornadas do Clero querem dar «ferramentas» nas várias áreas da pastoral

 

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