D. Rui Valério saúda «projeto de humanidade que tem cada pessoa no centro da sua atenção e ação», em mensagem pela Festa de Nossa Senhora do Ar
Lisboa, 14 jan 2022 (Ecclesia) – O bispo do Ordinariato Castrense saudou hoje o “serviço abnegado aos outros” da Força Aérea Portuguesa (FAP), numa mensagem pela Festa de Nossa Senhora do Ar, que se celebra este sábado.
“A FAP, na senda da sua Padroeira, continua a trilhar a estrada do serviço abnegado aos outros, que é a chave de todo o progresso no caminho dos mais elevados valores do humanismo cristão”, refere D. Rui Valério, num texto enviado à Agência ECCLESIA.
O bispo católico destaca a “promoção do encontro entre povos, nações e raças”, no trabalho da FAP, considerando que esta pauta a sua ação pela “promoção da dignidade humana, na defesa da liberdade e da vida”.
“A mera existência da Força Aérea é um hino a um projeto de humanidade que tem cada pessoa no centro da sua atenção e ação. Acresce, o incomensurável espaço que a luz da solidariedade tem no agir de todas as missões em que se envolve”, desenvolve.
Aos militares e civis da Força Aérea Portuguesa, D. Rui Valério explica que o dia consagrado pela instituição à sua padroeira (15 de janeiro), a Nossa Senhora do Ar, convida a um “ato de gratidão” e oferece “rasgados e amplos horizontes de esperança”.
“Estamos agradecidos a Nossa Senhora do Ar porque tem protegido a Força Aérea em todos os momentos; proteção e auxílio particularmente sentidos ao longo destes dolorosos tempos de pandemia”, assinala.
Neste contexto, destaca que a Força Aérea tem sido “protagonista decisiva e determinante no apoio à Nação e aos portugueses”, não obstante a complexidade da situação e das circunstâncias vividas em todo o mundo.
“O auxílio que sente receber da sua Padroeira, tem-no irradiado e oferecido a tantas populações, a tantos homens e mulheres, seja em território nacional ou internacional”, acrescenta.
O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança de Portugal observa que, mesmo com uma cultura dominante de “distanciamento”, “a verdade é que Nossa Senhora tem mantido a família da Força Aérea unida”, algo que torna a instituição “coesa, entusiasmada e motivada”, e todos os seus membros “com as suas famílias, se sentem envolvidos”.
Segundo D. Rui Valério, “é um milagre” que continue a existir a “capacidade de vislumbrar e visualizar rostos e pessoas” para além da máscara que usa no âmbito da pandemia.
“A máscara nunca fez perder a preciosidade da camaradagem e do espírito de família, apanágios tão próprios da FAP”, realça.
Na mensagem, o bispo do Ordinariato Castrense de Portugal recorda que neste ano se comemora o centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul – epopeia protagonizada por Gago Coutinho e Sacadura Cabral – e o 70.º aniversário da FAP.
O Papa João XXIII decretou Nossa Senhora do Ar “padroeira de todos os aviadores portugueses”, na Carta Apostólica “Aligera Cymba”, a 15 de janeiro de 1960.
CB/OC