Igreja/Portugal: «As vocações hoje são como pérolas raras, mas existem» – superior provincial do Instituto Missionário da Consolata

Programa 70×7 deste domingo na RTP2 é dedicado aos 75 anos da presença desta congregação no país

Foto: Padre Eugenio Butti, superior provincial do Instituto Missionário da Consolata, Agência ECCLESIA

Lisboa, 05 fev 2019 (Ecclesia) – Levar o Evangelho a mais povos, construir ou consolidar comunidades católicas, tocar o coração de mais leigos e jovens, 75 anos depois o projeto do Instituto Missionário da Consolata em Portugal continua repleto de sonhos e de vitalidade.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, que vai poder ser acompanhada este domingo no Programa 70×7, na RTP2, o superior provincial do Instituto Missionário da Consolata em Portugal sublinha o empenho de uma congregação que, 75 anos depois, quer continuar a afirmar o seu carisma fundador:

Viver de uma maneira especial o mandato de Jesus, ‘ide pelo mundo inteiro, pregai o meu Evangelho a todas as criaturas’.

“A nossa missão é esta, não tanto cuidar do rebanho de Jesus que já existe, mas sobretudo procurar ir onde as pessoas não conhecem a Jesus”, frisa o padre Eugénio Butti.

Ao longo da emissão deste domingo, o sacerdote fala sobre os objetivos e desafios da congregação, tanto no plano interno como a nível internacional.

Uma das prioridades passa pela criação de novas pontes de diálogo com a sociedade, marcada hoje pela “indiferença” e mesmo por um certo “menosprezo pela fé”.

Outra grande meta, muito dependente da anterior, diz respeito à busca de novas vocações para rejuvenescer a congregação, na sua ação pastoral e missionária.

“Elas existem, mas agora são como pérolas raras, mas existem. Nós aqui infelizmente em Portugal, neste momento, estamos num período de seca, mas a nível de Instituto temos quase 200 seminaristas em Teologia”, refere o padre Eugénio Butti.

O Instituto Missionário da Consolata em Portugal quer também continuar a partilhar e a apoiar a estratégia da congregação, no plano internacional, onde está presente em mais de 30 países.

Reforçar a missão na Ásia é um dos objetivos, e depois de concretizada a entrada em países como a Mongólia, a Coreia do Sul e Taiwan, a intenção agora passa por chegar
à China.

Algo que, para o padre Eugénio Butti, não será tarefa fácil sobretudo por “motivos políticos”, mas também “pelo problema da língua”, da “cultura”, que “é um grande desafio”.

A entrada do Instituto Missionário da Consolata em Portugal foi concretizada em 1944, pela mão do padre João de Marchi, e a congregação está atualmente espalhada por diversos pontos do país, com uma ação reforçada por vários grupos e movimentos de leigos, em setores como o voluntariado missionário, a ação socio-caritativa, e a animação comunitária.

Este domingo, a partir das 17h50, na RTP2, o Programa 70×7 dá também a conhecer as memórias de dois dos sacerdotes que integraram o primeiro grupo de seminaristas orientado pelo padre João De Marchi, em Fátima.

“Quando nós viemos para Fátima, nós não tínhamos nada, só os bolsos do padre De Marchi vazios, com o breviário dele e mais nada, não tínhamos casa”, recorda o padre Jaime Marques, sobre as origens da congregação, na Cova da Iria.

“Hoje a proposta para a missão, para várias missões é feita um bocadito a medo, enquanto que antigamente era mais assim em força na apresentação”, destaca o padre Aventino Oliveira, quando questionado sobre as diferenças que marcam hoje a adesão das pessoas ao Evangelho.

O 75.º aniversário do Instituto Missionário da Consolata em Portugal é também um pretexto para dar a conhecer alguns dos movimentos de leigos ligados à congregação, com especial enfoque no voluntariado missionário e nos jovens.

As comemorações decorrem até outubro deste ano e incluem a abertura ao público, no Consolata Museu – Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, de uma exposição temática sobre as origens e o desenvolvimento da congregação ao longo dos tempos no território nacional e no exterior, nos países de missão.

JCP

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Agência ECCLESIA

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