Igreja/Política: Núncio apostólico destaca «vocação universalista» de Portugal

D. Rino Passigato saudou Marcelo Rebelo de Sousa em nome do Corpo Diplomático

Lisboa, 10 mar 2016 (Ecclesia) – O núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Lisboa saudou hoje o presidente da República Portuguesa e elogiou a “vocação universalista” do país, que o novo chefe de Estado quer valorizar.

“O espírito universalista português continua na consciência dos herdeiros hodiernos daqueles bravos pioneiros que fizeram grande Portugal e vê-se confirmado hoje na sua política externa, abrangente, aberta ao mundo inteiro, sem preconceito nenhum de qualquer índole — geográfico, étnico, racial, linguístico, cultural, religioso ou outro”, disse D. Rino Passigato na apresentação de cumprimentos a Marcelo Rebelo de Sousa pelo Corpo Diplomático no Palácio Nacional da Ajuda.

O decano dos embaixadores em Portugal agradeceu o convite para o encontro, com o qual, acrescentou, se dá importância “à abertura ao mundo”, demonstrando “determinação de manter, alimentar e fortalecer, com os parceiros da comunidade internacional, os laços de amizade e cooperação que têm caracterizado Portugal ao longo da sua história”.

O representante diplomático do Papa apresentou como exemplos dos “gloriosos, heroicos e visionários antepassados” portugueses figuras como Vasco da Gama, Fernão de Magalhães, Pedro Álvares Cabral, Camões ou António Vieira.

D. Rino Passigato elogiou o papel de Portugal no seio da Europa, ajudando- a “trabalhar para que ela se torne cada vez mais fraterna e solidária para todos os seus cidadãos e aberta aos de fora que precisam da sua ajuda”.

“Portugal realiza a sua própria vocação universalista mantendo laços firmes de cooperação cultural, económica, estratégica com a maioria dos povos de todos os continentes”, acrescentou.

O núncio apostólico falou num contexto de “crise existencial generalizada” e citou o Papa para defender que “os países que se orgulham com uma herança de civilização como a de Portugal, bem como dos guias espirituais das grandes tradições religiosas e culturais do mundo” façam ouvir “mensagens claras e inequívocas de conciliação, de mais diálogo, de mais solidariedade, de mais cooperação”.

Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu ao representante da Santa Sé pelas suas “palavras de sabedoria e amizade”.

OC

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