Dia Mundial dos Refugiados assinala-se este Domingo, dia 20
A Santa Sé voltou a pedir políticas de acolhimento e solidariedade para as pessoas obrigadas a deixar suas próprias terras e que se encontram em estado de clandestinidade.
O Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, o Arcebispo Antonio Maria Vegliò, presidiu a uma vigília ecuménica, por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, que se assinala neste Domingo, dia 20 de Junho, onde forma lembrados os que perderam a vida ao tentar uma vida melhor.
Na cerimónia foi distribuída a «Carta da Líbia», escrita por 38 imigrantes eritreus que narram a sua “aventura” ao partir de seu país rumo à costa italiana.
Depois de quatro dias sem alimentos no mar, foram abordados pela Marinha Militar Italiana, receberam água e foram repatriados para a Líbia.
D. Antonio Vegliò definiu o drama da imigração como uma “verdadeira crise humanitária”, defendendo uma “a conscientização da sociedade”, como forma de combater a xenofobia.
“A educação deve inspirar-se nos valores, sentimentos e comportamentos que vão do acolhimento, compreensão e solidariedade à convivência e ao convívio”.
São os valores de diálogo que fundamentam a vida quotidiana, indicou o Arcebispo.
“Estou certo que conseguiremos traçar, na sociedade de hoje, um verdadeiro ‘itinerário de paz’ e derrotaremos a prepotência de quem prefere o uso da força em vez do amor, da compreensão e da solidariedade”.
O Arcebispo recordou a necessidade de todos “assumirem as suas responsabilidades” para se encontrar “soluções que ultrapassem o reforço de sanções contra os irregulares e o fechamento mais hermético das fronteiras”.
Com Rádio Vaticano