Igreja: Padre Vítor Feytor Pinto «viveu a doença como ensinou», afirma coordenador da nacional da Pastoral da Saúde

Padre José Manuel Pereira de Almeida recorda «homem de grande resistência»

Agência ECCLESIA/MC – padre Vítor Feytor Pinto

Lisboa, 06 out 2021 (Ecclesia) – O coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde evocou o padre Vítor Feytor Pinto, que faleceu hoje aos 89 anos, como um “homem de grande resistência” que enfrentou o sofrimento e “brilhou” na Igreja.

“Já estava muito frágil, mas, na sua fragilidade, emergia o grande rasgo pastoral inovador para o seu tempo que brilhou não só na Igreja de Lisboa, na Igreja em Portugal, mas também na Pastoral da Saúde no mundo inteiro”, afirmou o padre José Manuel Pereira de Almeida à Agência ECCLESIA.

O padre Vítor Feytor Pinto, antigo coordenador nacional da Pastoral da Saúde, faleceu hoje aos 89 anos, no Hospital da Luz, anunciou a Paróquia do Campo Grande, Patriarcado de Lisboa.

“Era uma situação muito esperada, o padre Vítor foi sempre um homem de grande resistência e também na sua doença muito arrastada foi um homem de grande vigor”, assinalou o atual coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, da Igreja Católica em Portugal.

O padre José Manuel Pereira de Almeida destaca que o seu antecessor “nunca foi um homem doente”, mas “viveu a doença como ensinou”, no que diz respeito à sua experiência de capelão hospitalar “com a dignidade que habita em cada coração humana”.

Sobre o trabalho do padre Vítor Feytor Pinto, no setor da Pastoral da Saúde, o entrevistado realça o “primado da saúde e do cuidado de todos” e não unicamente na “perspetiva sacramentalista da atenção fechada na situação do doente”.

“É um salto qualitativo no que também foi entendido, entretanto, até no pontificado de João Paulo II onde a pastoral da saúde ao nível mundial teve esse incremento”, concluiu o padre José Manuel Pereira de Almeida.

O padre Vítor Feytor Pinto, natural de Coimbra, foi ordenado na Diocese da Guarda a 10 de julho de 1955, tendo ficado ligado à divulgação do Concílio Vaticano II no Movimento ‘Por um Mundo Melhor’; ao trabalho na Ação Católica e à vivência do 25 de Abril, antes de chegar à reflexão sobre a Pastoral da Saúde e a defesa dos direitos fundamentais; nos últimos anos, destacou-se pelo trabalho na paróquia do Campo Grande.

Eugénio Fonseca, antigo presidente da Cáritas Portuguesa, evoca numa nota enviada à Agência ECCLESIA o homem “disponível para todos, mesmo para os que defendiam ideias diferentes das suas”.

“A sua maior estratégia para ultrapassar dificuldades era o diálogo. Sabia fazer pontes. Fez tudo o que estava ao seu alcance pela aplicação das orientações conciliares”, assinala.

CB/OC

Igreja/Portugal: Faleceu o padre Vítor Feytor Pinto

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