Igreja: Oração, evangelização e comunhão – Os pedido do Papa Francisco ao Renovamento Carismático italiano

«No início dizia que o movimento era uma escola de samba e não um movimento eclesial; depois, como arcebispo, vi como trabalhavam, como enchiam a catedral durante os encontros, e comecei a ter um grande apreço por vós», recordou

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 20 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu hoje aos participantes do Conselho Nacional da Renovação no Espírito Santo, de Itália, que lembrem ao mundo a importância da oração, que trabalhem pela evangelização e construam a comunhão na Igreja.

Numa audiência, no Vaticano, Francisco agradeceu o “serviço à oração, especialmente à adoração” e “o serviço à evangelização” e alertou para a preocupação em demasia com a organização que tira espaço à oração, convidando ao “o silêncio”, ao tempo em que “a Palavra de Deus prevalece sobre as palavras”.

“Num mundo dominado pela cultura do ter e da eficiência, e também numa Igreja por vezes demasiado preocupada com a organização – cuidado com isso! -, todos nós precisamos de dar espaço à ação de graças, ao louvor e à admiração perante a graça de Deus. Peço-vos, irmãos e irmãs, que continueis a servir a Igreja neste sentido, sobretudo promovendo a oração de adoração”, afirmou.

O Papa reconheceu o lugar do “Espírito” na evangelização, que contagia com “inesgotável imaginação”.

“E lembra-te sempre que o primeiro anúncio é feito pelo testemunho de vida! De que serve fazer longas orações e muitos cânticos bonitos, se não sei ser paciente com o meu próximo, se não sei estar perto da mãe que está sozinha – é o quarto mandamento: escandalizo-me com homens e mulheres cujos pais estão num lar e não vão visitá-los – ou com aquela pessoa em dificuldade… A caridade concreta, o serviço escondido é sempre a verificação do nosso anúncio: palavras, gestos e cânticos, sem a concretude da caridade, não vão”, indicou.

Francisco acrescentou o carisma da “comunhão”, com a Igreja, com as “realidades eclesiais, movimentos e associações” e alertou para a “tagarelice”.

“Dar testemunho de fraternidade, de estima recíproca na diversidade, de colaboração no empenho de iniciativas comuns, ao serviço do povo de Deus e também nas questões sociais onde está em jogo a dignidade das pessoas. Agradeço-vos o empenho que já estais a fazer neste sentido e exorto-vos a serdes construtores de comunhão, antes de mais entre vós: cuidado com a tagarelice”, advertiu.

No encontro, Francisco recordou ainda a sua conversão ao movimento: “No início não gostava do movimento, dizia que era uma escola de samba e não um movimento eclesial. Depois, como arcebispo, vi como trabalhavam, como enchiam a catedral durante os encontros, e comecei a ter um grande apreço por vós”, recordou.

LS

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