Igreja: «Nunca nos deixeis faltar o vosso barulho bom», pede o Papa numa carta dirigida aos jovens

«Vós sois a esperança viva duma Igreja em caminho», afirma Francisco numa mensagem por ocasião do 5º aniversário da Exortação Apostólica «Christus vivit»

Foto JMJ Lisboa 2023/Duarte Antunes

Cidade do Vaticano, 25 mar 2024 (Ecclesia) – O Papa afirmou que os jovens são a “esperança viva duma Igreja em caminho”, pede-lhes que mantenham o “barulho bom” e o “modo original de viver e anunciar a alegria de Jesus Ressuscitado”.

“Queridos jovens, vós sois a esperança viva duma Igreja em caminho! Por isso agradeço a vossa presença e contribuição para a vida do Corpo de Cristo”, escreve Francisco, na mensagem publicada hoje, 25 de março, por ocasião do 5º aniversário da Exortação Apostólica “Christus vivit”.

“E recomendo-vos que nunca nos deixeis faltar o vosso barulho bom, o vosso impulso como o dum motor limpo e ágil, o vosso modo original de viver e anunciar a alegria de Jesus Ressuscitado. Fico a rezar por isto”, acrescenta, pedindo aos jovens que também rezem por ele, no documento enviado à Agência ECCLESIA.

Francisco recorda que no início do seu pontificado, durante a JMJ do Rio de Janeiro, em 2013, disse aos jovens “fazei-vos ouvir! «Hagan lio!»”, e continua a pedir-lhes o mesmo hoje, 10 anos depois dessa edição internacional da Jornada Mundial da Juventude no Brasil.

“Fazei-vos ouvir, gritai, não tanto com a voz mas sobretudo com a vida e o coração, esta verdade: Cristo vive! Para que toda a Igreja seja impelida a levantar-se e pôr-se incessantemente a caminho a fim de levar a sua Boa Nova a todo o mundo.”

Na mensagem do Papa aos jovens assinala o 5º aniversário da Exortação Apostólica pós-sinodal ‘Christus vivit’ (Cristo Vive), publicada depois da Assembleia do Sínodo dos Bispos dedicada à juventude, em outubro de 2018, com o tema ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’.

O Papa diz aos jovens que “Cristo vive” e quere-os “vivos”, e partilha uma certeza que “sempre enche de alegria” o seu coração e que o leva a escrever esta mensagem agora: “Queria, antes de mais nada, que as minhas palavras reavivassem em vos a esperança”.

“No atual contexto internacional marcado por tantos conflitos, tantos sofrimentos, posso imaginar que muitos de vos se sintam desanimados. Por isso, desejo começar, juntamente convosco, do anúncio que está no alicerce da esperança para nos e toda a humanidade: «Cristo vive!»”, acrescenta.

“Cristo vive e ama-te infinitamente”, reafirma Francisco aos jovens, explicando que o seu amor por eles “não esta condicionado pelas quedas ou pelos teus erros”, porque Ele que deu a sua vida e “não espera” pela “perfeição para amar”.

“Olha os seus braços abertos na cruz e «deixa-te salvar sempre de novo», caminha com Ele como com um amigo, acolhe-O na tua vida e deixa-O compartilhar as alegrias e as esperanças, os sofrimentos e as angustias da tua juventude. Verás que o teu caminho se iluminara e ate os fardos maiores se hão de tornar menos pesados, porque estará Ele a carrega-los contigo. Por isso, invoca diariamente o Espirito Santo, que «te faz entrar cada vez mais no coração de Cristo, para que te enchas sempre mais com o seu amor, a sua luz e a sua força» ”, desenvolve.

O Papa diz aos jovens que a sua “grande missão” é “testemunhar a todos a alegria que nasce da amizade com Cristo”, na mensagem pelo 5º aniversário da sua exortação apostólica pós-sinodal ‘Christus vivit’.

Francisco explica que a exortação ‘Cristo Vive’ “é fruto duma Igreja que quer caminhar em conjunto”, e por isso coloca-se a escuta, em dialogo e “constante discernimento da vontade do Senhor”, e recorda que, antes desse Sínodo dos Bispos dedicado à juventude, muitos jovens, de várias partes do mundo, “partilhassem as próprias expectativas e anseios”, e centenas de jovens estiveram em Roma para trabalharam juntos.

“Graças ao seu trabalho, os bispos puderam conhecer e aprofundar uma visão mais ampla do mundo e da Igreja. Foi uma verdadeira «experimentação sinodal», que produziu muitos frutos e preparou a estrada também para outro Sínodo, aquele que temos estado a viver sobre a sinodalidade”, explicou o Papa.

CB/PR

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