D. José Policarpo distingue-se pela «grande capacidade de ler os sinais dos tempos», afirma D. Manuel Clemente
Fátima, Santarém, 03 mai 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa, que desde hoje dirige a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), “tem as melhores condições” para adaptar a ação da Igreja Católica às transformações da sociedade, considera o novo vice-presidente daquela estrutura, D. Manuel Clemente.
José Policarpo possui uma “grande capacidade de ler os sinais dos tempos, que foi e é o que mais o distingue, com uma atenção muito constante aos dinamismos sociais, onde há de assentar a evangelização”, salientou o bispo do Porto em entrevista à Agência ECCLESIA.
Manuel Clemente assinalou que a “reestruturação da sociedade” implica a “reconfiguração das comunidades cristãs”, e o cardeal-patriarca pode ajudar nessa conversão devido ao seu historial de “muito trabalho, desde a juventude, a propósito da perscrutação dos sinais dos tempos”.
O também presidente da comissão episcopal responsável pela cultura, bens patrimoniais e comunicações sociais afirmou ter “grande admiração pessoal e pastoral” por José Policarpo, ao serviço de quem trabalhou no Patriarcado de Lisboa, primeiro como padre e, mais tarde, após receber a ordenação episcopal.
“Disse-lhe, a brincar, que é a terceira vez que sou vice dele: no Seminário dos Olivais, como bispo auxiliar de Lisboa e agora como vice-presidente da Conferência Episcopal”, assinalou Manuel Clemente em declarações proferidas na cidade de Fátima, onde até quinta-feira decorre a 177.ª assembleia plenária da CEP.
O prelado salientou que José Policarpo “está na situação ideal, como patriarca de Lisboa”, para uma prioridade “muito importante” da Igreja: “instalar da melhor maneira a Conferência Episcopal, para que possa desempenhar a missão de apoio às dioceses”.
Parte dos serviços da CEP funciona atualmente nas instalações do Seminário dos Olivais, em Lisboa, estando prevista a construção de um novo edifício na mesma propriedade.
RM