Igreja na Bolívia ainda acredita num acordo

A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) concedeu uma conferência sobre a ruptura do processo de diálogo entre o governo federal e os governadores da oposição sobre as mudanças constitucionais na Bolívia. O processo terminou no Domingo sem um acordo e a discussão passará agora para o Congresso, onde deverá ser aprovada ou não a convocação do referendo sobre a nova Constituição. A oposição afirmou que o fracasso das negociações iniciadas há 23 dias “não pode significar a abertura de um ciclo de confrontos e violência” e pediu “que sejam feitos esforços para se resolver a situação através da democracia”. O Arcebispo de La Paz e vice-presidente da CEB, D. Edmundo Abastoflor Montero, e o secretário da Conferência, D. Jesús Juarez Párraga, consideram que o facto de não ter sido assinado um acordo não significa para a Igreja um fracasso, porque puderam ser comprovadas a boa vontade e a predisposição de ambas as partes ao longo destas duas semanas. D. Abastoflor Montero acredita que o clima positivo e de respeito mútuo são em si um resultado bastante positivo. Em relação ao papel da Igreja, esclareceu que foi o de observadora, testemunha. Segundo o vice-presidente da CEB, não foi alcançado um documento conjunto porque ainda há pontos de discordância, mas isso não significa que não possam ser resolvidos brevemente. Há cerca de três semanas, governo e oposição discutem para chegar a um consenso em relação às divergências sobre a nova Constituição. As reuniões ocorrem em Cochabamba, centro da Bolívia, e contam a participação de observadores da ONU, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). (Com Rádio Vaticano)

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