Igreja/Movimentos: Escuteiros começaram a celebrar 100 anos nos Açores

«A Igreja precisa de vós dirigentes. É um tempo de grande necessidade para acreditar num mundo melhor e levar o ideal e a cultura escutista ao mundo» – D. Armando Esteves Domingues

Foto Igreja Acores

Angra do Heroísmo, Açores, 25 mar 2024 (Ecclesia) – Os escuteiros nos Açores (Diocese de Angra) do CNE – Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico, começaram a celebrar os 100 anos deste movimento da Igreja Católica neste arquipélago, no encontro de dirigentes INDABA, realizado entre sexta-feira e domingo.

“Temos metas claras e comprometidas e fazemos um convite à gestão partilhada; o objetivo é fazer coisas com todos e não fazer coisas pelos outros e para os outros”, disse o presidente da Junta de Núcleo Regional dos Açores do CNE, no início do INDABA, em Lagoa, informa o portal de notícias diocesano ‘Igreja Açores’.

Segundo João Tavares, na abertura do centenário dos escuteiros nos Açores, só quando os jovens do movimento sentirem esse apelo e “forem capazes de ser cidadãos empenhados e comprometidos na sociedade” podem ficar descansados”.

Nesta sessão de abertura do VI INDABA Açores e do centenário, o bispo de Angra afirmou que a “Igreja precisa de vós dirigentes”, explicando que este é um tempo de “grande necessidade para acreditar num mundo melhor e levar o ideal e a cultura escutista ao mundo”.

“Cada vez precisamos mais de gente que não se entretenha com a força das armas, que acredite num mundo melhor e possa fazer a diferença”, realçou D. Armando Esteves Domingues.

O bispo de Angra destacou a importância de alguns sacerdotes na história do escutismo, especialmente nos Açores, como o professor José Enes, Cunha de Oliveira ou monsenhor Weber Machado, e desafiou os dirigentes do a “puxar” pelos assistentes e, sobretudo, pelos jovens sacerdotes que nunca passaram pelo escutismo.

Nesta sessão de abertura, foram entregues insígnias a vários dirigentes pelo trabalho na formação, Pires Luís, antigo dirigente regional, lembrou que no passado “havia dificuldades”, porque não existiam agrupamentos em todas as ilhas e pela sua geografia.

“O mar, que antes parecia separar-nos, agora une-nos. Há ideias partilhadas e isso traz uma dinâmica escutista mais próxima e comum”, acrescentou, e alertou que a falta de “dinamismo local, sobretudo ao nível das paróquias, é preocupante”, indicando que resulta da “incapacidade das pessoas em assumir compromissos mais duradouros”.

D. Armando Esteves Domingues referiu também a “inserção do escutismo nas comunidades” e valorizou o papel de homens e mulheres voluntários que deram “tanto ao movimento e à sociedade, formando jovens e contribuindo para um mundo melhor, tantas vezes em prejuízo da sua própria vida pessoal”.

“O Escutismo é para a Igreja uma janela aberta para o mundo, para uma aventura. Continuai a trabalhar para deixar este mundo melhor do que o encontrastes”, disse o bispo de Angra.

Foto Igreja Acores

O presidente da Mesa do Conselho Nacional do Corpo Nacional de Escutas apresentou aos dirigentes escutistas dos Açores o principal desafio do movimento juvenil em Portugal e neste arquipélago, como “criar ambientes de aprendizagem com sentido, onde os jovens aprendem coisas e aprendem a fazer coisas”.

“A experiência em primeira mão é muito importante e nós podemos proporciona-la”, indicou o dirigente João Gonçalves, informa o portal online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra.

O VI INDABA Açores, um encontro de formação, capacitação e qualificação, com o tema ‘Desbravaremos o futuro juntos’, reuniu mais de 200 dirigentes escutistas açorianos, entre 22 e 24 de março, em Lagoa, na Ilha de São Miguel.

Em Portugal continental, o CNE assinalou o encerramento das celebrações do seu centenário, com um congresso para debater os próximos 100 anos, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2024, no Convento de São Francisco, em Coimbra.

CB

 

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