Escutismo: Dirigentes regionais dos Açores refletem sobre «voluntariado, a cidadania, o empoderamento dos jovens»
Encontro formativo marca início formal da comemoração dos 100 anos do Corpo Nacional de Escutas, nos Açores
Angra do Heroísmo, Açores, 21 mar 2024 (Ecclesia) – Os dirigentes do Corpo Nacional de Escutas (CNE) da Junta Regional dos Açores vão reunir-se num encontro de capacitação e qualificação, com diversos temas para reflexão, de 22 a 24 de março, em Lagoa, Ilha de São Miguel.
“Nós vivemos, hoje, um grande dilema que é a continua solicitação dos jovens para várias atividades e isso deixa-os perdidos e confusos. O que nós procuramos dizer na comunidade é que o nosso projeto educativo e de ação é um projeto integrado”, explicou a responsável pela formação na Junta Regional dos Açores do CNE, ao portal ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.
Emília Lima destaca que o projeto educativo do CNE passa por “desenvolver competências gerais e transversais nos jovens” e têm evidências que “os miúdos que passam pelo escutismo desenvolvem competências para uma maior capacidade de resolução de questões profissionais e até de cidadania, gestão de conflitos, capacidade de risco, empatia, resiliência, entre outros”.
“Nós temos uma intencionalidade pedagógica e a nossa estratégia é uma estratégia de desenvolvimento global, que trata em simultâneo dimensões como o contacto com a natureza, o exercício físico, a reflexão religiosa, os valores de cidadania, entre outros e, por isso, não se trata de um ATL ou de uma atividade para os jovens passarem a tarde de sábado ou uma experiência de acampamento”, desenvolveu.
‘Desbravar o futuro juntos?’, é o tema deste encontro de formação para os dirigentes do CNE na região dos Açores, uma atividade que visa “capacitar e qualificar” estes responsáveis e que se realiza de quatro em quatro anos.
O bispo de Angra, D. Armando Esteves Domingues, vai estar na sessão de abertura, e, ao longo dos três dias, entre esta sexta-feira e domingo, vão ter a participação de dirigentes nacionais e pessoas com reconhecida intervenção na área da cidadania e voluntariado.
Segundo o programa do encontro de formação, os dirigentes do CNE nos Açores vão ter 15 intervenientes em painel e duas oficinas, sobre temas como ‘Afetividade/Assertividade na comunicação, Sustentabilidade, Apoios financeiros e sustentabilidade dos agrupamentos; O valor do Imaginário na atividade Escutista e a Dimensão Internacional das Atividades Escutistas’.
Destacam-se ainda cinco oficinas temáticas – ‘Animação e vivência da fé; Prevenção e segurança nas atividades; Gestão e planeamento ao nível do Agrupamento; Diversidade e Inclusão no CNE – O valor da diferença e Ferramentas pedagógicas e recursos educativos.
O portal online ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra informa que esta atividade marca o início formal das comemorações do 100º aniversário do CNE nos Açores, e Emília Lima explica que, depois da pandemia Covid-19, o movimento procura se renovar, sendo a evolução mais recente “muito positiva”.
“Este é um momento de reorganização do futuro; é um movimento seguro”, realçou a dirigente escutista, salientando a aposta numa “cultura de segurança” na relação com crianças e jovens.
O Corpo Nacional de Escutas (CNE) assinalou o encerramento das celebrações do seu centenário, com um congresso para debater os próximos 100 anos, nos dias 27 e 28 de janeiro de 2024, no Convento de São Francisco, em Coimbra.
CB
