Açores: «A cidade que temos hoje vai-se radicalizando» – D. Armando Esteves Domingues

Bispo de Angra presidiu a Missa de Ramos com dirigentes escutistas

Foto: Igreja Açores

Ponta Delgada, Açores, 24 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra alertou hoje para a radicalização da sociedade, falando durante a celebração da Missa de Ramos, com dirigentes escutistas dos Açores.

“A cidade que temos hoje vai-se radicalizando na sua visão política, social e até religiosa. Ter uma opinião própria acerca da vida é bom, mas não nos fechemos às opiniões diferentes dos outros. Mostrai, caros dirigentes a pluralidade; ajudai os jovens a ver e a respeitar o outro, a considerá-lo”, disse D. Armando Esteves Domingues, esta manhã, durante a Missa de Domingo de Ramos, que celebrou na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, em Ponta Delgada.

O responsável participou na reunião de dirigentes (INDABA) que deu inicio formal às comemorações do centenário do CNE Açores

“Hoje, Jesus inicia um novo raide e desce à cidade de Jerusalém, desde o Monte das Oliveiras e entra como rei pacífico e humilde, sentado num jumento. Jesus encontra o barulho da cidade onde tantos apitam e são seguidos. Depois vêm outros e são igualmente seguidos”, indicou D. Armando Esteves Domingues, numa intervenção divulgada pelo portal ‘Igreja Açores’.

“O outro é sempre o templo. Sejamos este movimento educativo capaz de levar o outro a tirar o melhor de si, ajudá-lo a experimentar a beleza do outro” insistiu.

Olhemos juntos para a função do escutismo e vejamos mais à frente: ajudemos as crianças a enfrentar estas cidades confusas, que se esqueceram de Deus. Ajudai a recolocá-lo no centro”.

O responsável católico rezou pelas vítimas das guerras na Ucrânia, Israel e Palestina, bem como por todos os povos que não têm paz.

A Igreja Católica inicia, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico, que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.

OC

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