Diretor da revista «Além-Mar» recorda agentes pastorais assassinados em 2020
Lisboa, 12 jan 2021 (Ecclesia) – O diretor da revista missionária ‘Além-Mar’ disse à Agência ECCLESIA que os missionários católicos sofrem atos de violência como resultado de “estar com os pobres” e de os ajudar face “sistemas políticos e religiosos mais fanáticos”.
“Como dizia Tertuliano, o sangue dos mártires também é semente de cristãos”, frisou o irmão Bernardino Frutuoso, em entrevista emitida hoje na RTP2.
O religioso recorda que, ao longo de 2020, cerca de “duas dezenas de missionários deram a vida pelo testemunho da Boa Nova de Jesus”, em todos os continentes, incluindo a Europa; além das mortes, “muita gente foi assaltada, agredida e perseguida”.
O diretor da ‘Além-Mar’ sustenta que a cultura do cuidado está “no perfil do missionário”, cuja vida está centrada na “preocupação pelos últimos e mais fracos e frágeis da sociedade”.
Na história da Igreja, os missionários “sempre assumiram a causa dos mais pobres e abandonados” e “defenderam a sua dignidade”.
O irmão Bernardino Frutuoso esteve mais de vinte anos na América Latina, concretamente no Perú e na Colômbia, antes de ser nomeado diretor da revista ‘Além-Mar’, com a qual procura “dar vez e voz àqueles que não têm voz”.
Com mais de sessenta anos, a publicação assume-se com um observatório da missão, apresentando “as realidades culturais, eclesiais e sociais dos países do sul do mundo”.
“Estamos juntos dos mais pobres e abandonados como queria o nosso fundador”, destaca o missionário comboniano.
HM/LFS/OC
Igreja/Sociedade: 20 agentes pastorais foram assassinados em 2020