Cidade do Vaticano 01 out 2013 (Ecclesia) – A Missão de Nossa Senhora de Fátima em Bouar, na República Centro Africana, foi saqueada e durante três horas um missionário italiano e um diácono centro-africano foram vítimas da milícia Séléka.
“Tratava-se de um grupo de cinco homens armados até os dentes, estrangeiros, de proveniência sudanesa, capazes somente de dizer algumas palavras em sango e francês. Esta é a segunda missão da diocese que é atacada à noite numa semana”, revela o padre Beniamino Gusmeroli, que esteve refém durante três horas.
Os membros da milícia islâmica Séléka invadiram a Missão de Nossa Senhora de Fátima em Bouar, a cerca de 440 quilómetros noroeste da capital Bangui, armados com metralhadoras kalashnikov e ameaçaram e amordaçaram o missionário italiano [padre Beniamino Gusmeroli] e o diácono Martial Mengue, natural da República Centro Africana, explica a Agência Fides que recebeu um comunicado o Sagrado Coração de Jesus de Bétharram, a congregação à qual pertencem os dois religiosos.
Depois de ameaçarem destruir tudo e de imobilizarem o sacerdote, os elementos da milícia islâmica “roubaram o dinheiro, computadores, máquina fotográfica, telefones e tudo o que lhes interessava”, acrescenta o comunicado.
Para poderem fugir o diácono Martial Mengue foi levado como refém tendo sido “libertado mais tarde” e roubaram-lhe o passaporte, obtido há pouco tempo para “poder realizar um estágio em Itália”.
No comunicado divulgado pela Agência Fides, do Vaticano, a congregação assinala que “consumou-se o enésimo ato de prepotência e de saque por parte dos rebeldes que atuam fora de qualquer controlo, inclusive por parte das autoridades”.
“É um sinal de degradação que não vê sinais de mudanças se não houver uma intervenção rápida e firme por parte da comunidade internacional”, concluem os religiosos do Sagrado Coração de Jesus de Bétharram.
CB