Bispos apelam à partilha com os mais pobres
Lisboa, 23 dez 2012 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) pede na sua mensagem de Natal que este seja um tempo de partilha com os mais pobres, deixando votos de “solidariedade e de esperança”.
“Que os gestos de entreajuda, solidariedade e partilha se multipliquem. A autêntica alegria das Boas Festas está na dádiva altruísta e generosa”, refere o documento, apresentado após a última reunião do Conselho Permanente da CEP.
Os prelados admitem que o “presente clima social não sugere muito ‘Boas Festas’”, dado que “escasseiam empregos e bens materiais”, propondo que “a tradicional troca de prendas seja aproveitada para escolher ofertas que sejam ajuda para quem precisa”.
“É urgente estreitar os laços da família e dos vários círculos de relações e solidariedades; é fundamental comunicarmos com Deus, que em Jesus se torna o mais próximo dos nossos próximos”, pode ler-se na mensagem publicada pela Agência ECCLESIA.
O texto destaca o papel das famílias, frisando que “em tempos de crise, mais essencial se torna a solidariedade familiar, o acolhimento e ajuda aos membros que passam por maiores dificuldades”.
Os responsáveis da CEP evocam o recente Sínodo dos Bispos (7-28 de outubro, Vaticano), cujos participantes pediram um “lugar privilegiado aos pobres” nas comunidades católicas.
“Só quem oferece Natal aos outros pode ter Natal para si”, refere a nota do Conselho Permanente.
A mensagem convida a superar “confortos e rotinas egoístas” para colocar os outros no centro das “atenções e serviços”, lembrando em particular “pessoas que vivem sozinhas, a doentes, crianças ou idosos”.
“Haverá Boas Festas se soubermos presentear tempo, carinho e ofertas”, indica a CEP, que lembra o papel das obras de serviço social e desafia os católicos a aderir “mais de alma e coração à pessoa de Jesus”.
Os bispos falam do Natal como “uma especial festa da família”: “Tudo o que possamos fazer para reforçar os laços familiares será humanamente louvável e agradável a Deus, que Se fez da nossa família pelo seu nascimento, nosso irmão universal”.
A mensagem da CEP conclui-se com votos de “santo Natal” a todos, independentemente de culturas, ideologias e credos.
OC