Igreja/Media: Presidente da AIC defende jornal nacional com «marca da inspiração cristã»

Paulo Ribeiro destaca importância dos títulos locais para durante a pandemia

Lisboa, 19 set 2021 (Ecclesia) – Paulo Ribeiro, presidente da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã (AIC), disse em entrevista conjunta à ECCLESIA e Renascença que seria “importante” ter um jornal católico nacional em Portugal.

“Era importante termos de facto um jornal de âmbito nacional com a marca da inspiração cristã”, refere o responsável, alertando para o impacto de grupos económicos que vão “saltitando e apoderando-se de grandes títulos e de outros meios de comunicação”, condicionado o espaço informativo.

A entrevista conjunta, emitida e publicada ao domingo, aborda consequências da pandemia no jornalismo e a forma como instituições, nomeadamente a Igreja Católica, se reinventaram neste contexto, tendo como pano de fundo as Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que decorrem a 23 e 24 de setembro.

“Penso que a exemplo do que acontece com a Renascença, com a Ecclesia, do que acontece com títulos regionais como o ‘Diário do Minho’, por exemplo, que são marcas importantes na nossa sociedade, temos provas dadas de que podemos fazer um jornalismo rigoroso mas consciente e com a atenção social que é isso que se requer cada vez hoje em dia”, aponta o presidente da AIC.

Paulo Ribeiro assinala que houve algumas publicações, “mais pequenas”, que fecharam portas, devido à pandemia, e assume a “necessidade de sangue novo, de renovação”.

“A realidade económica do país condiciona em muito essa evolução, com mais qualidade, que se pede nos dias de hoje”, acrescenta.

Alerto para a importância que, cada vez mais, a imprensa regional assume neste período, porque foi o órgão de comunicação levou até às pessoas a informação concreta da realidade que se estava a viver na sua comunidade, no seu concelho, na sua região”.

 O entrevistado elogia o esforço que levou à aplicação da lei da publicidade institucional, com a compra antecipada de publicidade do Estado aos órgãos de informação nacionais, entre os quais figuraram também os da imprensa regional e da AIC.

“Quanto mais houver esta publicidade institucional, mais fortes estão os meios de comunicação social, os jornais regionais, e mais independência têm relativamente a tudo o que seja exterior ao próprio jornal”, sustenta.

Em final de mandato, o presidente da ACI pede mais condições no combate à iliteracia e às “fake news”.

Henrique Cunha (Renascença) e Octávio Carmo (Ecclesia)

 

 

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Agência ECCLESIA

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