Igreja/Media: D. José Ornelas sublinha desafios de momento histórico de mudança

II Jornada de Comunicação do Santuário contou com antestreia do documentário «Páginas de Fátima»

Fátima, 28 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima disse hoje que a comunicação da Igreja tem o desafio de responder a um “mundo que muda”, com a sua mensagem própria.

“Hoje vivemos num tempo particularmente desafiador, porque tudo está a mudar na história”, referiu D. José Ornelas, na conclusão da III Jornada de Comunicação do Santuário, intitulada ‘O Mundo visto de Fátima’.

O responsável destacou o desafio que representa “falar de uma Fátima que fala ao mundo”.

O programa desta tarde contou com a antestreia do documentário ‘Páginas de Fátima’, da autoria do jornalista da TVI Joaquim Franco, sobre os cem anos do jornal do santuário.

Uma “experiência sensorial”, de contacto com os jornais em papel, o livro de honra do Santuário e o chamado “correio de Nossa Senhora”, percorrendo temas como a Guerra Fria, a Rússia e o comunismo, a Guerra Colonial ou o período do 25 de Abril.

100 anos depois, destacou o profissional, o mundo repete a experiência da guerra e da pandemia que marcou o contexto das Aparições, na Cova da Iria.

O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário, disse aos jornalistas que o centenário do jornal ‘A Voz da Fátima’ apresenta a todos “um ponto de observação privilegiado para ver a evolução da Igreja Portuguesa e a evolução do mundo”.

“Celebrar um centenário responsabiliza também. Este ponto de observação que ajuda a refazer toda esta história, mas diz-nos também que temos de procurar a ser fiéis a essa mesma missão”, acrescentou.

Para o sacerdote, “Fátima continua a ter muitas capacidades de comunicação e continua a ser assunto que se pode comunicar”.

Durante os trabalhos, na mesa que teve como tema central “A Imprensa cristã: jornalismo de proximidade ou outra forma de construção social”, Felisbela Lopes, docente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, desafiou a imprensa de inspiração cristã a “criar uma agenda alternativa”, com novas fontes e “indo ao encontro de franjas sub-representadas”.

Carlos Camponez, professor de disciplinas de jornalismo na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, apelou a um “pacto comunicacional” entre os meios e público, que permita “recriar comunidades”.

Cátia Filipe, do  Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, apresentou o resultado preliminar do estudo comparado da ‘Voz da Fátima’, feito com base em inquéritos, com cerca de 10 mil respostas, traçando um perfil do leitor deste mensário institucional: na sua maioria, mulheres, numa faixa etária acima dos 60 anos e com um nível de escolaridade que equivale ao ensino médio (entre o 9.º ano e a licenciatura).

Mais de uma centena de pessoas participaram nesta jornada, presencialmente e por via digital.

OC

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