Direitos Humanos: Igreja promove Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Seres Humanos

Iniciativa inclui maratona de oração e sensibilização do público, com a ajuda das redes sociais

Lisboa, 08 fev 2022 (Ecclesia) – A Igreja Católica promove hoje o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Seres Humanos, dedicado ao tema “A força do cuidado – mulheres, economia, tráfico de pessoas”, promovendo uma maratona de oração online.

A jornada acontece na celebração litúrgica de Santa Bakhita, religiosa sudanesa, que em criança “teve a dramática experiência de ser raptada e escravizada” e “tornou-se o símbolo universal do compromisso da Igreja contra o tráfico”, refere uma nota enviada à Agência ECCLESIA.

Além da maratona de oração online, vai decorrer uma ação de sensbilização através da rede social Twitter, a partir das 12h30, usando o marcador #PrayAgainstTrafficking, sendo ainda recomendado que as várias comunidades e movimentos católicos promovam momentos específicos dedicados ao tema.

O dia é promovido pelas Uniões Internacionais de Superiores e Superiores-Gerais (UISG) e a coordenação da rede de parceiros e aderentes é confiada à Talitha Kum.

Segundo os religiosos, o  tráfico humano é uma das “feridas mais profundas infligidas pelo sistema económico atual” e que “afetam todas as dimensões da vida, pessoal e comunitária”.

A pandemia “intensificou o negócio” do tráfico de pessoas e aumentou a dor, assinala o comunicado de imprensa.

O Papa associou-se a esta jornada, no último domingo, falando após a recitação do ângelus.

“Esta é uma ferida profunda, provocada pela procura vergonhosa de interesses, sem respeito algum pela dignidade humana”, advertiu.

Francisco evocou, em particular, as jovens que se encontram na rua, “escravas dos traficantes”, que as obrigam a prostituir-se e as maltratam.

“Hoje, isto acontece nas nossas cidades. Levemos isso a sério”, apelou.

“Diante destas chagas da humanidade, manifesto a minha dor e exorto os que têm responsabilidade a agir de forma decidida, para impedir tanto a exploração como as práticas humilhantes, que afetam, em particular, as mulheres e as meninas”, concluiu.

LFS/OC

 

 

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