Diretor diz que reconhecimento público «é uma questão de justiça» para marcar 50 anos de trabalho «pioneiro»
Lisboa, 04 dez 2012 (Ecclesia) – A Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) é homenageada hoje pelo secretário de Estado Adjunto do Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte.
O “louvor”, atribuído no ano em que a instituição assinala o 50.º aniversário, “é uma questão de justiça porque muito do trabalho realizado junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, e em Portugal aquando da explosão da imigração, tem sido pioneiro”, afirmou à Agência ECCLESIA o diretor da OCPM.
O frei Francisco Sales Diniz lembrou o apoio prestado aos organismos estatais ligados às migrações e saudou o entendimento entre a Igreja Católica e o Governo: “Nos seis anos em que estou à frente da Obra posso dizer que o Estado tem sido sempre um bom parceiro, independentemente da cor política que o dirige”.
A sessão está marcada para as 17h00 no Palácio Foz, em Lisboa.
O encerramento das comemorações do cinquentenário decorre a 18 de dezembro, Dia Internacional dos Migrantes, na Fundação Calouste Gulbenkian, também na capital, com a entrega de medalhas a personalidades e organizações associadas à história da OCPM.
A cerimónia tem lugar no fim da Jornada do Observatório da Imigração, estrutura dependente do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, e inclui um momento musical.
O responsável explicou que as celebrações não passaram pela organização de grandes eventos, apostando-se antes em “dar a conhecer a realidade da instituição” e promover o reconhecimento das “pessoas e instituições que foram os atores da sua história e da sua ação”, que continuam “desconhecidas em muitos setores da Igreja”.
Para o frei Sales Diniz a iniciativa “mais visível e marcante” das comemorações foi a publicação do livro “A Igreja face ao fenómeno migratório”, de Maria Beatriz Rocha-Trindade e Eugénia Costa Quaresma.
RJM