Visita a Skopje, cidade natal da santa católica, dedicada à «cultura da fraternidade»
Cidade do Vaticano, 07 mai 2019 (Ecclesia) – O Papa chegou hoje à Macedónia do Norte para visitar a cidade de Skopje, terra natal de Santa Teresa de Calcutá, uma figura de referência no seu pontificado, durante o qual foi canonizada.
A viagem de 10 horas, após passagem pela Bulgária, inclui uma visita ao Memorial dedicado a Madre Teresa, com a presença de líderes religiosos, e um encontro com os pobres, pelas 10h20 (menos uma em Lisboa).
Antes, Francisco fala com as autoridades políticas, representantes da sociedade civil e do corpo diplomático, no palácio presidencial.
O programa inclui a Missa na Praça Macedónia; um encontro ecuménico e inter-religioso com jovens; e uma audiência com sacerdotes, religiosos e seu familiar, na catedral local.
Os 15 mil católicos da Macedónia do Norte representam 0,72% da população do país.
O Papa Francisco enviou uma mensagem ao povo macedónio, mostrando a intenção de “fazer crescer na Europa e no mundo inteiro a cultura do encontro, a cultura da fraternidade”.
“Irei até vós para lançar essas sementes, certo de que a vossa terra é boa e saberá acolhê-las e dar fruto”, declarou.
Segundo Francisco, a beleza peculiar do rosto deste país “deve-se precisamente à variedade de culturas e pertenças étnicas e religiosas que ali vivem”.
“Claro, a convivência nem sempre é fácil, sabemos disso. Mas é um esforço que vale a pena fazer, porque os mais belos mosaicos são os mais ricos de cores”, ressalta.
Confio a minha visita à intercessão de uma grande santa, filha desta terra: Madre Teresa. Nascida e criada em Skopje, ela tornou-se, com a graça de Deus, uma missionária corajosa da caridade de Cristo no mundo, dando conforto e dignidade aos mais pobres entre os pobres”.
A 4 de setembro de 2016, o Papa canonizou Madre Teresa de Calcutá (1910-1997), 19 anos após a morte da religiosa que se distinguiu pelo serviço aos pobres e recebeu o Nobel da Paz em 1979.
Gonxha Agnes Bojaxhiu, a Madre Teresa, nasceu em Skopje (atual capital da Macedónia), então sob domínio otomano, a 26 de agosto de 1910, no seio de uma família católica que pertencia à minoria albanesa.
A 25 de dezembro de 1928 partiu de Skopje rumo a Rathfarnham, na Irlanda, onde se situa a Casa Geral do Instituto da Beata Virgem Maria (Irmãs do Loreto), para abraçar a Vida Religiosa, com o ideal de ser missionária na Índia.
Acabou depois por embarcar rumo a Bengala, passando por Calcutá até Dajeerling, numa casa da Congregação fundada pela missionária Mary Ward, onde escolheu o nome de Teresa.
Madre Teresa absorveu o estilo de vida bengali e, posteriormente, transmitiu-o às suas religiosas, quando fundou as Missionárias da Caridade.
O seu trabalho nas ruas de Calcutá centrou-se nos pobres da cidade que morriam todas as noites, vestida com um sari branco, debruado de azul, a imagem com que o mundo se habituou a vê-la.
A religiosa faleceu a 5 de setembro de 1997, na casa geral da congregação que fundou, em Calcutá, aos 87 anos de idade.
Foi beatificada por João Paulo II a 19 de outubro de 2003, depois de o Papa polaco ter autorizado que o processo decorresse sem esperar pelos cinco anos após a morte exigidos pela lei canónica.
OC
Notícia atualizada às 07h30