Conselheiro do presidente Zelensky assinala que Francisco é «um defensor da paz»
Lisboa, 10 mar 2023 (Ecclesia) – O conselheiro principal do presidente ucraniano para a política externa, Ihor Zovkha, disse que o país deposita uma esperança na “sabedoria muito importante” do Papa Francisco e do Vaticano, para se chegar à paz.
“Entendemos absolutamente o quão importante é a posição da Igreja, não apenas Católica, uma vez que estamos a trabalhar também com a Igreja Ortodoxa, que está muito mais presente aqui na Ucrânia. Esta posição é muito importante”, disse o Ihor Zovkha.
Para o colaborador do presidente Volodymyr Zelensky, o papel de Francisco tem sido “muito importante” o desde o dia 24 de fevereiro de 2022, quando se iniciou a invasão russa.
“O seu papel foi muito importante, não só porque há uma grande quantidade de greco-católicos na Ucrânia, mas porque o Papa Francisco também foi um defensor da paz: Contamos também com a sabedoria do Vaticano”, acrescentou.
O conselheiro principal do presidente ucraniano para a política externa alertou para “sedutoras” narrativas russas que, “às vezes, até os líderes mais sábios tentam seguir”, referindo que se deve “esquecer de uma vez por todas as narrativas russas sobre a necessidade de trazer a paz imediatamente”, ou que são “duas nações irmãs”.
“Somos dois povos diferentes: Nós somos civilizados, eles não são. Nós queremos estar na Europa e eles querem estar noutro lugar. Queremos estar convosco e não queremos lutar com ninguém. Eles querem lutar não apenas contra a Ucrânia”, desenvolveu.
A entrevista da Rádio Renascença foi gravada num dos gabinetes da Presidência Ucraniana, em Kiev, onde Ihor Zovkha tem uma foto emoldurada com o Papa Francisco.
“Esta fotografia remonta ao tempo em que o meu presidente visitou o Vaticano em 2020, ainda antes da Covid, quando podíamos viajar”, explicou o conselheiro principal do presidente ucraniano para a política externa, reafirmando que contam “com a sabedoria do Papa Francisco, seria muito importante”.
CB/OC
Ucrânia: 12 meses de mensagens do Papa, pelo fim de uma guerra que o fez chorar (c/vídeo)
