Igreja/Estado: Cavaco Silva diz que presidência está acima de convicções religiosas

Actual presidente, candidato a um novo mandato, justifica promulgação do diploma sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Lisboa, 07 Jan (Ecclesia) – O candidato presidencial Cavaco Silva considerou hoje que um presidente da República não deve actuar “exclusivamente com base nas suas convicções filosóficas e religiosas”, sob pena de ser “mau” chefe de Estado.

Em declarações no «Fórum» da TSF, onde foi entrevistado, o actual presidente justificava a promulgação da legislação que permite, desde 2010, o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Um presidente que actue exclusivamente com base nas suas convicções filosóficas e religiosas é um mau presidente, porque não cumpre uma função fundamental que a Constituição lhe atribui, que é garantir a unidade do Estado”, afirmou Cavaco Silva,

Cavaco Silva afirmou que não quis “prejudicar Portugal” ou “desviar as atenções”, fazendo notar que o diploma, mesmo que vetado, teria sido depois confirmado no Parlamento.

“Uma coisa são as minhas convicções, outra coisa são os interesses superiores de Portugal”, precisou, frisando que não podia ter “ignorado o país”.

As eleições para a presidência da República Portuguesa têm lugar no próximo dia 23 de Janeiro.

OC

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