«Vale a pena dar expressão ao propósito de fazer das nossas escolas espaços de educação e não só de ensino» – D. Manuel Felício
Guarda, 27 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo da Guarda convidou os alunos da diocese a escolher a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica” (EMRC), afirmando que esta ajuda os estudantes às “boas escolhas”.
“Vale a pena dar expressão, no próprio ato da matrícula, ao propósito de fazer das nossas escolas espaços de educação e não só de ensino e para isso em muito contribui a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica”, salienta D. Manuel Felício, numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.
O bispo da Guarda refere que “é tempo de fazer a matrícula” numa mensagem sobre a disciplina de EMRC para o tempo das matrículas nas escolas públicas do Ensino Básico e Secundário.
A escolha é da responsabilidade do encarregado de educação ou do próprio aluno, se for maior de 16 anos.
“Educar é mais do que ensinar. E esta disciplina coloca-se do lado do educar, ajudando os nossos adolescentes e jovens a fazerem boas escolhas e a comprometerem-se com elas até às últimas consequências”, indica o responsável católico.
Para D. Manuel Felício, este é também o momento indicado para responder sobre o que pretende esta disciplina, no conjunto curricular, questionando. um ensino “focado exclusivamente em treinar o aluno para um futuro desempenho profissional eficaz”.
O bispo da Guarda defende que cada estudante possa definir o seu projeto pessoal de vida “em função de valores fundamentais e decisivos para todos e para o bem da sociedade”.
“Certamente, todos queremos apostar em projetos educativos válidos e a Educação Moral está do lado deles”, assinala, observando que a pandemia trouxe “novos desafios”.
“Sobretudo continua a interpelar-nos para retomarmos a esperança rumo a uma nova normalidade de vida, que tem de incluir certas experiências, e algumas dolorosas, que fizemos, ao longo deste último ano e meio”, acrescenta.
A lei prevê a oferta obrigatória da disciplina curricular de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico ao Secundário; EMRC também integra as matrizes dos cursos profissionais (Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de julho), desde o ano letivo 2019/2020.
A Concordata assinada em 2004 entre Portugal e a Santa Sé consagra a existência da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica, sendo os professores propostos pelos bispos, nomeados pelo Estado e pagos pela tutela; é uma componente do currículo nacional, de oferta obrigatória por parte dos estabelecimentos de ensino e de frequência facultativa.
CB/OC
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