Igreja em Portugal não aproveita as potencialidades do turismo

Apesar de existirem grandes potencialidades em Portugal ao nível do Turismo – uma das maiores indústrias– “faltam padres e leigos para trabalhar nessa área” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Rui Pedro, director da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM), que participou – dias 7 e 8 – no Encontro Europeu dos Directores Nacionais da Pastoral do Turismo, em Roma, sobre “O turismo, uma realidade transversal: aspectos pastorais”. E acrescenta: “temos dificuldades em encontrar animadores que pudessem, em conjunto com a Comissão Episcopal da Mobilidade Humana, animar religiosamente este movimento de pessoas”. No nosso país existem várias dioceses com boas práticas neste sentido mas “falta um trabalho de coordenação e de partilha”. Desde o Congresso Mundial da pastoral do Turismo – em 2004 – “estamos a procurar encontrar um núcleo de pessoas que se dedicassem a esta causa” – realça o Pe. Rui Pedro. Nesta pastoral, numa sociedade como a portuguesa que vive também do Turismo, “gostaríamos de estar mais presentes como Igreja para anunciar Jesus Cristo” – afirma o director da OCPM. Com o aumento do turismo “estamos a perder oportunidades” – frisou. Em 2006, calcula-se que 800 milhões de pessoas fizeram uma experiência turística e destes cerca de 130 milhões “deslocam-se por razões religiosas”. E acrescenta: “este ano Europa foi visitada por 30 milhões de chineses”. Nesta Igreja que procura a «Nova Evangelização» “temos aqui grandes oportunidades” por isso “queremos motivar as dioceses para que se envolvam mais nesta área” – disse o Pe. Rui Pedro. Apesar da secularização contemporânea, a linguagem dos monumentos e as tradições dos povos poderão ser muito úteis para “fazermos propostas ao homem moderno”. E adianta: “notamos uma procura do transcendente”. Notícias relacionadas • A transversalidade da pastoral do turismo

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top